A multinacional Bunge, que tem sede nos Estados Unidos e mantém um centro administrativo em Santa Catarina, na cidade de Gaspar, anunciou um acordo de fusão com a Viterra, do Canadá. O negócio cria “uma empresa global inovadora do agronegócio”, informou a companhia. A união resultará em um dos maiores grupos de alimentos e comércio de commodities agrícolas, entre grãos e produtos oleaginosos, do mundo.
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A transação está avaliada em US$ 8,2 bilhões e envolve participação societária e remuneração. Pelo acordo, aprovado por unanimidade pelos conselhos de administração das duas empresas, acionistas da Viterra receberão aproximadamente 65,6 milhões de ações da Bunge, avaliadas em US$ 6,2 bilhões. Outros US$ 2 bilhões serão pagos em dinheiro.
A Bunge também se comprometeu, no negócio, a assumir uma dívida de US$ 9,8 bilhões da Viterra. E informou ainda que pretende recomprar “o mais rápido possível” US$ 2 bilhões em ações da própria empresa, em processo que deve ser concluído em até 18 meses após o fechamento da transação.
Em comunicado ao mercado, a Bunge destacou que a combinação de negócios permitirá à empresa estar mais bem posicionada para suprir demandas de mercados “cada vez mais complexos” e atender melhor os agricultores e clientes finais. Com a ampliação da rede, acrescentou a companhia, haverá maior diversificação diante de ciclos sazonais e safras, aumentando opções no gerenciamento de riscos.
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“A combinação da Bunge e da Viterra acelera significativamente a estratégia da Bunge, com base em nosso propósito fundamental de conectar agricultores a consumidores para fornecer alimentos, ingredientes para nutrição animal e combustível, essenciais para o mundo”, declarou o CEO da Bunge, Greg Heckman, no texto divulgado.
A Bunge informou ainda acreditar que a combinação deve gerar aproximadamente US$ 250 milhões em sinergias operacionais brutas anuais antes dos impostos dentro de três anos após a conclusão, prevista para meados de 2014. O negócio ainda está sujeito ao cumprimento de condições habituais de fechamento, como aprovações de órgãos reguladores de mercado.
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