A BRF, gigante global do agronegócio criada a partir da fusão entre Perdigão e Sadia, finalizou nesta quinta-feira o processo de venda de ativos que integra sua estratégia de reestruturação operacional. Anunciada em junho do ano passado, a medida tem como foco a redução do endividamento da companhia, que acumula sucessivos prejuízos financeiros.
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O último ato desta etapa foi a confirmação da venda de quatro fábricas de processamento de alimentos e abate de aves na Tailândia e duas na Europa, na Holanda e no Reino Unido, por US$ 340 milhões, o equivalente a R$ 1,3 bilhão, para a americana Tyson Foods. Antes disso, a BRF já havia se desfeito de plantas na Argentina e de uma unidade de hambúrgueres no Brasil.
Com todas essas transações, somadas a recursos obtidos via fundo de investimento em direitos creditórios e venda de ativos imobiliários, a companhia levantou R$ 4,1 bilhões. A quantia ficou abaixo da meta estabelecida inicialmente, que era de R$ 5 bilhões. Justamente por isso a BRF prorrogou por mais seis meses o alcance das metas de alavancagem financeira.
Ao mercado, a empresa disse que os desinvestimentos encerram operações deficitárias e garantem maior foco da gestão. Dados ainda não auditados indicam que o caixa no fim de dezembro de 2018 era de cerca de R$ 6,9 bilhões, valor suficiente para cobrir os R$ 4,256 bilhões de amortizações de dívidas previstas para 2019.
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