A prefeitura de Blumenau vai lançar nos próximos dias uma licitação para contratar uma empresa que ficará responsável pela vigilância dos terminais de ônibus da cidade. O município decidiu assumir mais essa despesa relacionada ao transporte coletivo, que até então era de responsabilidade da Blumob. Desde o segundo semestre do ano passado a empresa já vem recebendo aportes do caixa do Executivo para custear despesas da operação e salários de motoristas e cobradores.

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Enquanto o edital não sair, Polícia Militar, guardas de trânsito e fiscais vão se alternar em rondas pelos terminais, diz o secretário de Trânsito e Transportes, Fabrizio Barbieri. Segundo ele, a concessionária tinha uma despesa mensal em torno de R$ 180 mil com a vigilância das estruturas. A expectativa é de que, com a concorrência da licitação, o município gaste um valor menor que este.

Em março a coluna já havia adiantado que a prefeitura deveria assumir novas despesas do transporte coletivo. Um dos pedidos da Blumob relatado em ofício era justamente a desobrigação dos serviços de vigilância patrimonial dos terminais. Outro pleito, referente à contratação de apólice de seguro da frota para terceiros, também deve ser atendido. Neste caso, a obrigatoriedade seria retirada do contrato de concessão.

Em xeque, o modelo de transporte coletivo adotado em Blumenau tem sido alvo de revisões mais profundas. Com queda na demanda de passageiros em meio à pandemia, veículos já foram retirados da frota e a oferta de horários e linhas diminuiu. 

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Recentemente, o Sindetranscol, sindicato que representa os trabalhadores do serviço, encabeçou uma proposta de criação de um fundo municipal para custear a atividade. A ideia é buscar novas fontes de receita para que a remuneração da operação não se restrinja à tarifa paga pelo usuário que cruza a catraca.

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