Foi por pouco, mas o suficiente para mudar a perspectiva do resultado final. A revisão dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada na última semana, deixou o saldo do emprego formal, com carteira assinada, em Blumenau no ano passado no negativo.

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Se antes celebrava-se a geração de 60 postos de trabalho ao longo de 2020 – menos pelo volume pequeno, mais pelo número positivo em meio à turbulência na economia provocada pela pandemia –, agora a estatística reavaliada aponta que a cidade perdeu 88 vagas no último ano.

Para efeitos de análise conjuntural e dado o porte de Blumenau, que tem um estoque de 135,8 mil empregos formais, ambos os resultados indicam estabilidade do mercado de trabalho. É algo a se comemorar em um cenário onde o novo coronavírus impactou fortemente empresas e consumidores. 

Por outro lado, essa perda de 72 vagas é suficiente para marcar 2020 como um ano em que a conta fechou no vermelho, não deixando qualquer dúvida no calendário de que houve uma crise.

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Segundo as estatísticas revisadas do Caged, o setor de serviços encerrou o ano com perda de 768 vagas. O comércio também demitiu mais do que contratou, mas teve resultado praticamente estável – foram só 27 postos de trabalho a menos.

A construção também demonstrou estabilidade, só que positiva, com saldo de 15 novos empregos. Já a indústria evitou estrago maior, com a abertura de 692 novas vagas em 2020.

Por outro lado, em 2021, com os dados consolidados de janeiro a setembro, Blumenau contabiliza até agora 13.077 novos empregos formais, com destaque para o setor de serviços (+6.186) e a indústria (+4.986).

Mesmo com revisão, SC ainda no topo

Em todo o país, a revisão fez com que o saldo de criação de empregos em 2020 encolhesse de 142.690 vagas para 75.883. Responsável pelo Caged, o Ministério do Trabalho e Previdência atribuiu a redução ao envio de declarações fora do prazo. Ou seja, muitas demissões teriam sido informadas tardiamente. 

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Em Santa Catarina, os novos dados apontaram uma perda de 5 mil postos de trabalho. Com o isso, o saldo passou de 53 mil para 48 mil novos empregos. Apesar do ajuste, o Estado permaneceu na liderança nacional de geração de vagas, ampliando ainda mais a sua fatia no bolo do resultado total do Brasil.

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