O bloqueio de rodovias federais em Santa Catarina por manifestantes e caminhoneiros que se recusam a aceitar a derrota de Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial já respinga na economia do Vale do Itajaí. A Associação Empresarial de Blumenau (Acib) colhe relatos de funcionários e transportadoras que não conseguiram chegar às empresas na manhã desta segunda-feira (31).

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Segundo o presidente Renato Medeiros, o último dia do mês costuma ter faturamento maior nas indústrias. Com mão de obra e a chegada de matérias-primas prejudicadas em alguns casos, há risco de prejuízo para as operações. O dirigente diz que há compromissos a serem cumpridos e que é preciso serenidade para seguir em frente e rodar os negócios.

 — Essa paralisação é inconsequente — critica o líder empresarial.

Das rodovias chegam informações de que os manifestantes aguardam uma declaração de Bolsonaro para decidir os próximos passos do movimento. Medeiros é um dos que cobram um posicionamento do presidente para dar fim ao impasse.

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Opinião

Bolsonaro se isolou no domingo e ainda não se pronunciou oficialmente sobre o resultado das eleições. Certamente monitora o que está acontecendo em Santa Catarina e em outros estados do país que, por ironia do destino, lhe deram mais votos e que agora pagam a conta dos bloqueios.

Ao prolongar o silêncio, o presidente dá a entender de que quer ver o circo pegar fogo. Ao se manter calado, Bolsonaro não se importa com as consequências das manifestações e rasga o manual de estadista que nunca fez questão de seguir.

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