Ao completar 100 anos em 2022, a blumenauense Altenburg passou a integrar uma seleta e restrita lista de indústrias seculares de Santa Catarina que seguem firmes e fortes no mercado.
Um levantamento inédito feito pelo Observatório da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), a pedido da coluna, contabilizou as companhias centenárias no Estado ainda em operação.
São negócios de diferentes segmentos, com predominância do têxtil e de confecções. Por outro lado, também há representantes dos ramos de alimentos e saúde.
A relação inclui apenas empresas do setor industrial. Faltou alguma na lista? Avise a coluna pelo e-mail pedro.machado@nsc.com.br que a galeria abaixo será atualizada.
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Confira a lista
Cia. Hering (1880) – É a mais antiga indústria catarinense ainda em funcionamento. Criada por imigrantes alemães que chegaram a Blumenau ainda no século 19, a companhia se tornou uma das maiores do Brasil no ramo de vestuário e implantou uma bem sucedida operação no varejo, com lojas espalhadas por todo o país. Em 2021, foi comprada e passou a integrar o Grupo Soma. – (Foto: Divulgação)
Baumgarten (1881) – Outra representante de Blumenau na lista, começou imprimindo jornais e, mais tarde, tornou-se uma das maiores gráficas da América Latina, produzindo rótulos para diferentes tipos de produtos. Em 2009, uma cisão interna nos negócios deu origem a uma nova empresa, a CartonDruck, que ficou com a impressão de embalagens de papel cartão. Em 2016, a Baumgarten anunciou uma fusão com duas empresas alemãs, criando assim o Grupo All4Labels. – (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Döhler (1881) – Também fundada por um imigrante alemão, em Joinville. É conhecida como uma das principais marcas de produtos para cama, mesa e banho do Brasil. Ainda hoje a gestão é tocada por integrantes da família. – (Foto: Reprodução)
Karsten (1882) – Mais uma indústria têxtil de Blumenau na lista. A Karsten, assim com a Döhler, fabrica artigos de cama, mesa e banho, além de tecidos para decoração. Em 2014, integrantes da família fundadora decidiram vender uma fatia da empresa para novos acionistas, que hoje tocam o negócio. – (Foto: Lucas Correia, BD)
Aludin e Grupo Fretta (1895) – A empresa nasceu na colônia italiana de Azambuja, hoje município de Pedras Grandes, no Sul do Estado. Destaca-se até hoje no varejo com a rede de lojas Casas Fretta, mas diversificou negócios e entrou na construção civil e na indústria, com uma fábrica especializada na extrusão de alumínio. – (Foto: Divulgação)
Pureza (1905) – Localizada em Rancho Queimado, começou as atividades fabricando cerveja, mas hoje é mais conhecida pela linha de refrigerantes, especialmente do sabor guaraná. – (Foto: Divulgação)
Firma Weege/Malwee (1906) – Outro caso de uma empresa que nasceu como um comércio, cuja principal atividade em Jaraguá do Sul era o açougue. Antes de lançar a famosa marca de moda Malwee, conhecida hoje em dia pelas ações de sustentabilidade, a família também administrou um frigorífico e uma fábrica de laticínios. – (Foto: Divulgação)
Lepper (1907) – Outra grande fábrica têxtil fundada em Joinville e atuante até hoje com uma linha de produtos de cama, mesa e banho. – (Foto: Divulgação)
Hoepcke (1913) – Fabricante de rendas e bordados fundada em Florianópolis, mas que no fim da década de 1970 transferiu as atividades para um parque fabril em São José. Fornece seus produtos para empresas de cama, mesa e banho, além de vestuário. – (Foto: Reprodução, Fiesc)
Hemmer (1915) – Nasceu quando o imigrante alemão Heinrich Hemmer decidiu produzir em Blumenau o tradicional chucrute. Tempos depois, as conservas (pepino e beterraba, entre outros produtos) foram acrescentadas à linha. Mais tarde vieram molhos como mostarda e catchup e até cerveja. Em 2021, a companhia foi comprada pela multinacional Kraft Heinz. – (Foto: Artur Moser, BD)
Minancora (1915) – Criada pelas mãos de um farmacêutico português em Joinville e famosa pela pomada homônima usada para tratamento da pele. – (Foto: Reprodução, Facebook)
Altenburg (1922) – Maior fabricante de travesseiros da América Latina, iniciou as atividades com uma linha de acolchoados produzidos pela imigrante Johanna Altenburg em Blumenau. Hoje também fabrica artigos de cama, mesa e banho e mantém a gestão 100% familiar. – (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
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