Quinze cidades de Santa Catarina têm uma gestão fiscal considerada “perfeita”, pelo menos segundo critérios utilizados pelo Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), um estudo anual que avalia a responsabilidade administrativa e as contas de mais de 5 mil prefeituras em todo o Brasil. Esse restrito grupo de municípios catarinenses (veja a relação na galeria abaixo) alcançou nota 1, a maior possível – a escala vai de 0 a 1 –, na edição deste ano do levantamento.

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O IFGF é calculado com base nos resultados fiscais que as prefeituras declaram à Secretaria do Tesouro Nacional. O indicador é formado a partir de quatro categorias analisadas, cada um com um índice próprio:

  • Autonomia: revela a capacidade do município em financiar a própria estrutura administrativa. Ou seja, se as receitas da economia local suprem as despesas essenciais ao funcionamento da máquina pública. Cidades com esse indicador mais baixo costumam ser mais dependentes de repasses de estados e da União;
  • Gestão com pessoal: representa quanto os municípios gastam com o pagamento de servidores, em relação à receita corrente líquida. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece um teto de 60% do orçamento;
  • Investimentos: a parcela da receita total das cidades destinada a investimentos;
  • Liquidez: verifica a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os recursos em caixa disponíveis para cobri-los no exercício seguinte. Em outras palavras, mostra se as prefeituras estão no “cheque especial”, postergando pagamentos de despesas para o exercício seguinte sem a devida cobertura de caixa.

Quais cidades de SC têm pontuação máxima no IFGF

Segundo o IFGF, considerando essa escala de zero a um ponto, municípios com resultado superior a 0,8 ponto têm uma gestão de excelência. Entre 0,6 e 0,8 ponto, a gestão é considerada boa. Entre 0,4 e 0,6 ponto, há dificuldades na gestão. E abaixo de 0,4 ponto, a gestão é considerada crítica.

Na média, as cidades de Santa Catarina fecharam 2024 com uma excelente gestão fiscal. O IFGF médio do Estado alcançou 0,8787 ponto — 34,5% acima da média nacional, que foi de 0,6531 ponto. Foi também o melhor desempenho entre todas as unidades da federação. Com exceção de quatro prefeituras, todas as demais gestões catarinenses encerraram o último ano com o índice acima de 0,6 ponto – ou seja, situação fiscal boa ou excelente.

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No levantamento geral do Brasil, o cenário fiscal das cidades melhorou, mas 36% delas, que somam população de 46 milhões de pessoas, ainda têm situação fiscal difícil ou crítica.

Confira o IFGF das 10 maiores cidades de SC

Fonte: Índice Firjan de Gestão Fiscal 2025

  • Joinville: 0,8132
  • Florianópolis: 0,6899
  • Blumenau: 0,8467
  • São José: 0,7036
  • Itajaí: 0,7433
  • Chapecó: 1,0000
  • Palhoça: 0,8357
  • Criciúma: 0,8552
  • Jaraguá do Sul: 0,9289
  • Lages: 0,7498

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