Com operação, comando da marca Hering vai mudar de mãos (Foto: Divulgação)
A Arezzo estima que a compra do Grupo Soma, dona de um vasto portfólio de marcas de moda que inclui a catarinense Hering, seja aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) até a metade de abril. O aval do órgão, que avalia questões ligadas à concorrência e livre mercado, é condição para que o negócio seja concretizado.
O prazo foi informado pela direção da companhia em teleconferência com analistas na sexta-feira (8). Durante o encontro, a Arezzo disse que entrou com o pedido para análise do Cade no dia 29 de fevereiro. Advogados e assessores da operação calculam que o órgão avalie o caso em até 30 dias. Depois, seriam necessários mais 15 dias para manifestação de concorrentes.
— Após a aprovação do Cade já dá para começar a trabalhar junto em um nível mais operacional e estratégico, inclusive já capturando sinergias de algumas receitas — projetou Rafael Sachete, diretor financeiro da Arezzo.
Relembre outras empresas de Blumenau que foram vendidas
A Artex foi incorporada nos anos 2000 pela Coteminas (Foto: Reprodução)
A Mega Transformadores foi comprada em 2000 pela multinacional sueco-suíça ABB (Foto: Reprodução)
A Eisenbahn foi comprada em 2008 pelo Grupo Schincariol. Depois, foi negociada com a japonesa Kirin até ser adquirida pela Heineken (Foto: Divulgação)
Em 2008 a francesa Areva, fornecedora de equipamentos de energia, comprou a Waltec, que mais tarde passaria a integrar a Schneider Electric (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Em 2010 a Wheb Sistemas, fabricante de softwares de gestão de saúde, foi comprada pela multinacional Philips (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
A Dudalina foi vendida em 2013 para fundos americanos e um ano depois acabou comprada pela Restoque, hoje Veste S.A (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Desde setembro de 2016 a Bermo, fabricante de válvulas e equipamentos industriais, faz parte do Grupo ARI Armaturen, da Alemanha (Foto: Divulgação)
A Baumgarten não foi vendida, mas em 2016 anunciou uma fusão com duas empresas alemãs que deu origem à All4Labels (Foto: Divulgação)
Em 2017, a CM Hospitalar, dona do Grupo Mafra (atual Viveo), anunciou a compra da Cremer (Foto: Luís Carlos Kriewall Filho, Especial, BD)
Desenvolvedora de softwares de gestão logística, a HBSIS foi comprada em 2019 pela cervejaria Ambev (Foto: Divulgação)
Em março de 2021, a Viveo comprou o Grupo FW, fabricante de lenços umedecidos e dona da marca Feel Clean (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Cia. Hering aceitou uma proposta de compra do Grupo Soma (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Hemmer foi comprada pela multinacional Kraft Heinz (Foto: Artur Moser, NSC Total, BD)
A Unimestre, que desenvolvia sistemas de gestão educacional, foi comprada em outubro de 2021 pela Plataforma A+ (Foto: Divulgação)
Em 2021 a fintech PagueVeloz aceitou uma proposta de compra feita pela Serasa (Foto: Pedro Machado, NSC Total, BD)
A agência de marketing digital A7B foi comprada em 2021 pela Adtail, empresa gaúcha do mesmo ramo (Foto: Divulgação)
Em 2021, o Laboratório Hemos foi comprado pelo Grupo Sabin, uma das principais empresas de medicina diagnóstica do Brasil (Foto: Divulgação)
Em 2021, a startup Velo foi comprada pela QuintoAndar, plataforma de moradia (Foto: Reprodução)
Em dezembro de 2021, a marca Sulfabril foi arrematada em leilão pela companhia têxtil catarinense Lunelli (Foto: Lucas Amorelli, BD)
A Movidesk, que oferece soluções tecnológicas de atendimento e suporte a clientes, foi comprada em dezembro de 2021 pela companhia gaúcha Zenvia (Foto: Divulgação)
Em 2021, a fabricante de etiquetas, tags e acessórios de moda Tecnoblu foi comprada pela canadense CCL Industries (Foto: Divulgação)
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Depois da chancela do Cade serão convocadas assembleias de acionistas para deliberar sobre a proposta, um passo protocolar do processo. No melhor dos cenários para a companhia, tudo estaria resolvido até maio.
A Arezzo informou no dia 5 de fevereiro que chegou a um acordo para incorporar o Grupo Soma, em transação que envolveu troca de ações entre as partes. Nesta nova empresa, cujo nome ainda será definido, os atuais acionistas da Arezzo terão 54% dos papéis, enquanto os do Soma ficarão com os 46% restantes.