Ninguém se interessou pela antiga fábrica da Malhasoft, empresa blumenauense de beneficiamento têxtil que teve a falência decretada pela Justiça em 2022 depois de ficar quase cinco anos em recuperação judicial. O parque fabril, instalado no bairro Passo Manso, foi a leilão na manhã desta quarta-feira (12). Mas nenhum investidor se dispôs a pagar R$ 24 milhões, valor de avaliação do imóvel.
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Sem ofertas, caberá ao juiz responsável pelo processo de falência deliberar sobre o futuro do espaço. Nestes casos, é comum o bem ir novamente a leilão, por um preço mais barato, na tentativa de fazer caixa com o ativo e usar os valores arrecadados para o pagamento de dívidas da empresa.
O leiloeiro Paulo Pizollatti Neto avalia que o preço estava alto demais e não condizia com o estado do antigo parque fabril. O local está em ruínas. Máquinas e equipamentos foram destruídos, houve furto de fios e em alguns pontos falta até telhado. No cenário atual, apenas o terreno e parte da edificação parecem ter algum valor.
Pizollatti, no entanto, acredita que o imóvel, um terreno de 50 mil metros quadrados com 10 mil de área construída, ainda pode ser vendido, caso o lance mínimo em um futuro leilão baixe pela metade. Houve contatos, revela ele, de possíveis interessados que esperam uma melhor oportunidade financeira para, quem sabe, fechar negócio.
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Segundo o Sintrafite, sindicato que representa os trabalhadores da indústria têxtil da região, entre 350 e 400 ex-funcionários da Malhasoft ainda têm valores a receber. O valor total da dívida da empresa é incerto porque há credores que ainda podem ser habilitados dentro do processo de falência.
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