Antes de determinar que o prédio do Grande Hotel seja alienado via pregão, a juíza substituta Vivian Carla Josefovicz, da 5ª Vara Cível de Blumenau, rejeitou uma proposta de compra direta pelo imóvel feita pela Imobiliária Paraíso, do Paraná. O blog destacou o assunto em janeiro.

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A empresa ofereceu justamente R$ 14 milhões pela estrutura, valor agora usado como referência no pregão. Mas queria dar uma entrada menor – de 10%, em vez dos 25% estabelecidos no último leilão, realizado em dezembro – e parcelar o restante em 72 vezes – o edital previa 48.

Essa mesma imobiliária chegou a se credenciar para o leilão de dezembro, e inclusive depositou caução de R$ 100 mil, mas desistiu do lance em cima da hora, o que causou certa surpresa entre os leiloeiros. A magistrada não aceitou a compra direta por entender que a proposta feita pela Paraíso teria condições de negócio facilitadas não oferecidas a outros interessados.

Com a nova decisão, o tradicional imóvel na Alameda Rio Branco, fechado desde 2014, não irá a novo leilão depois de tentativas frustradas de venda nesta modalidade, quando não apareceram interessados.

A partir de agora, o administrador judicial da massa falida, Gilson Sgrott, poderá receber propostas fechadas de pelo menos R$ 14 milhões – o valor mínimo estabelecido pela juíza – pela estrutura, que chegou a ser avaliada em cerca de R$ 19 milhões.

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Os envelopes serão abertos em data a ser marcada. Neste dia, os interessados ainda terão a oportunidade de dar lances orais. Seria uma forma de aumentar a concorrência, na tentativa de garantir a mais vantajosa oferta para os credores que ainda têm a receber.

Há nova expectativa para um desfecho do imbróglio porque as condições do negócio, agora, estão mais atrativas. O valor de entrada, que em leilões anteriores era de 25% da oferta, caiu para 15%. O restante pode ser parcelado em mais tempo: de 48 passou para 72 vezes.

Com 8,3 mil metros quadrados de área construída, distribuídos em 14 pavimentos e 88 apartamentos, o prédio do Grande Hotel é alvo constante de especulações imobiliárias. Até alternativa para ser sede da Câmara de Vereadores de Blumenau já foi.