Postulante à prefeitura de Blumenau pela terceira vez desde 2012, Ana Paula Lima (PT) mudou o tom do discurso em 2024. A candidata petista tem evitado nacionalizar a disputa, como não raro alguns de seus adversários fazem, e raramente cita nominalmente Lula ou Bolsonaro, alguns dos expoentes da polarização política.

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— A minha proposta é que a gente debata o município e os problemas que nós temos que resolver, e que não olhe partidos e coligações — disse Ana Paula em entrevista ao Jornal do Almoço desta quinta-feira (26).

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A petista foi a quarta entrevistada da série de sabatinas que a NSC TV promove nesta semana com os candidatos à prefeitura de Blumenau. Rosane Martins (PSOL) encerra a programação nesta sexta-feira (27).

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Ao longo dos 30 minutos de entrevista, Ana Paula destacou emendas parlamentares destinadas a Blumenau no exercício do cargo de deputada federal e disse ter a intenção de construir três unidades de pronto-atendimento (UPAs), no Garcia, na Velha e na região das Itoupavas para desafogar o atendimento em hospitais. Segundo a candidata, há recursos disponíveis no Ministério da Saúde tanto para construção quanto para a manutenção dessas estruturas.

A candidata também voltou a defender a tarifa zero no transporte coletivo, sugerindo a isenção de forma gradativa, começando para os estudantes e estendendo o benefício às demais categorias ao longo dos quatro anos de um eventual mandado. Ana Paula lembrou que o orçamento previsto para Blumenau em 2025 é de R$ 4,1 bilhões e que 2% deste montante seria suficiente para tirar a medida do papel. Nesta conta, o custo ficaria na casa dos R$ 80 milhões.

Outros assuntos abordados incluíram federalização da Furb, reforço no efetivo policial, conclusão de obras inacabadas de creches, construção de novos reservatórios de água e revisão do contrato de esgoto. Para Ana Paula, o uso de fossas sépticas para coleta de resíduos e posterior tratamento, possibilidade aberta em recente aditivo feito na concessão, é um retrocesso.