Deputados federais, senadores, membros dos poderes Executivo e Judiciário e representantes da sociedade civil de Santa Catarina parecem bem alinhados no discurso. Ao menos foi o que se viu e ouviu durante evento que a NSC promoveu na noite desta terça-feira (18), em Brasília.
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No encontro, ecoaram falas de integrantes da bancada catarinense sobre a importância da união de forças representativas do Estado em nome de pautas de interesse da população. Tudo muito bonito e animador na teoria. O desafio é colocar as palavras em prática.
Com público suprapartidário, o evento já é uma tradição da NSC. A iniciativa se repete a cada início de nova legislatura federal e serve a dois propósitos: articular a representação política na capital do país, onde são tomadas decisões e votados projetos que impactam no dia a dia do catarinense, e lembrar aos eleitos que o Estado, mesmo com indicadores sociais e econômicos acima da média nacional, também tem seus problemas.
Muitos deles antigos e visíveis.
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A lista de pautas históricas inclui melhorias na infraestrutura logística — há muitas estradas em péssimas condições de sinalização e conservação e tantas outras estranguladas pelo tráfego intenso, como a BR-470 —, melhorias na saúde e educação e aumento de efetivo das forças da segurança pública, entre tantas outras.
O setor produtivo também aguarda simplificação fiscal e condições mais competitivas que continuem garantido a Santa Catarina o rótulo de um estado inovador e empreendedor. A reforma tributária está na mesa e deveria ser encarada como uma das prioridades dos eleitos.
O catarinense escolheu entre seus representantes nomes afinados mais à direita ou mais à esquerda. Divergências entre diferentes espectros políticos existem, fazem parte do jogo e contribuem para fortalecer a democracia. Mas não podem contaminar o debate daquilo que é urgente e relevante.
Problemas do cotidiano não são resolvidos levantando uma bandeira ou cor partidária. Por isso, a propagada união de forças precisa ser aclamada. O evento em Brasília foi uma espécie de pacto pelo Estado. É um registro para lembrar que o discurso construtivo e respeitoso de políticos de diferentes matizes não deveria causar a impressão de banalidade, ser alvo de descrença e muito menos ser visto como da boca para fora.
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