O alemão Andreas Odenthal ocupava um cargo executivo na Weiku, fabricante de esquadrias com unidade em Pomerode, quando decidiu abrir mão de uma carreira de 15 anos em uma multinacional para seguir um sonho. Em 2017, ele fundou a Brennstube, uma pequena destilaria especializada na produção de licores e gins artesanais. O hobby virou coisa séria. E agora vem rendendo medalhas em importantes concursos internacionais de bebidas.
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Em abril, cinco receitas da empresa foram premiadas no Spirits Competition, competição em Londres que reuniu alguns dos melhores sommeliers, bartenders e especialistas em destilados do mundo. Três licores (um de limão, um de laranja e um terceiro que ainda nem foi lançado) e um gin faturaram medalha de prata, enquanto um outro tipo de gin, também novidade no portfólio, levou bronze.
Um dos licores, o Limoncello, é o primeiro do gênero feito no Brasil a ganhar um prêmio internacional. O júri do concurso destacou a “textura sedosa e suave” e o “perfil cítrico, equilibrado e aromático” da bebida.
A coleção de medalhas inclui ainda mais uma prata, conquistada com um gin na mesma competição em 2021, e um Grande Ouro com o Arancello, licor de laranja eleito o melhor entre todos os inscritos na categoria durante a edição de 2021 do Frankfurt International Trophy, na Alemanha.
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Veja mais fotos da linha da Brennstube
Para Odenthal, radicado no Brasil há 25 anos, os recentes pódios na competição da Inglaterra, “berço do gin”, são um indicativo do acerto na proposta da Brennstube (câmara de destilação, em alemão). A linha de licores (nos sabores avelã, amêndoa, maçã, limão e laranja) e gins (Le Bouquet e Azure) é feita com ingredientes selecionados a dedo. A maior parte é importada dos principais produtores mundiais, vindos de quatro continentes.
As frutas usadas, por exemplo, são descascadas uma a uma manualmente. As cascas ficam curadas em álcool de cereais por três meses. As receitas também dispensam uso de corantes, aromatizantes e conservantes. A produção é pequena e feita em alambiques de parceiros. Por ano, a empresa envasa somente 4 mil litros.
Hoje Andreas tem a ajuda da esposa, a catarinense Jeane Odenthal, e de uma filha. A estrutura enxuta e familiar, com controle de qualidade individual, é um dos segredos para manter o exigente paladar do alemão. Por isso a produção em larga escala está longe de ser uma prioridade, ao menos por enquanto.
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— Faço por prazer, não com foco comercial — resume Andreas.
A Brennstube agora se prepara para o 18º Festival Gastronômico de Pomerode, de 4 a 21 de julho. A marca levará ao tradicional evento um estande com drinks elaborados a partir da linha de licores e gins.
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