A indústria de bebidas Água da Serra, famosa principalmente pelo refrigerante Laranjinha, está mapeando locais para construir uma nova fábrica, fora de Santa Catarina. A ampliação da produção para além do território catarinense está definida há pelo menos três anos e agora avança com tratativas junto a estados e municípios interessados em receber o investimento.

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O Paraná, segundo principal destino das vendas da marca hoje, surge como primeira opção. Mas a empresa já recebeu sondagens dos governos da Bahia e de Goiás, que ofereceram áreas para instalação do parque fabril e generosos benefícios fiscais, revela o superintendente Eymard Frigotto. Dependendo da definição, a lógica da expansão “de baixo para cima” – a partir de uma nova planta no Sul, subindo o país – pode ser invertida, admite o executivo.

Além de eventuais incentivos tributários, a análise do melhor local passa por outros três fatores: a qualidade da água disponível para a produção das bebidas, a localização geográfica, por questões logísticas, e a infraestrutura dos arredores. Feitas todas essas considerações é que a Água da Serra deve bater o martelo.

— Queremos definir até o ano que vem qual será o local para efetivamente iniciar as obras em 2023 — projeta Frigotto.

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O investimento estimado é de R$ 45 milhões, um pouco maior do que o inicialmente previsto, com geração de 100 a 130 empregos diretos. A futura planta deve seguir moldes semelhantes à da matriz em Braço do Norte, na região Sul de Santa Catarina. A unidade tem 10 mil metros quadrados de área, com produção mensal média de 3,5 milhões de litros – embora a capacidade instalada seja maior, de até 6 milhões de litros por mês.

Mesmo com a pandemia, a Água da Serra fechou 2020 com resultados positivos. Todos os indicadores de vendas subiram, segundo Frigotto. Sem citar valores de faturamento, o executivo diz que a receita cresceu 15% e o resultado líquido acumulou alta de 50% no ano passado.

A despeito de a economia seguir patinando em meio à crise sanitária e do cenário de futuro ainda ser marcado por incertezas, a companhia aposta em novos produtos – recentemente lançou uma água tônica, que se juntou a uma linha que já conta com refrigerantes, chás e energético – e em embalagens mais compactas.

— Nós entendemos que o mercado deixa espaço para isso. O consumidor está mudando de hábitos e de preferências e a gente tem que estar muito atento a isso — considera Frigotto.

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Hoje 70% das vendas da empresa estão concentradas em Santa Catarina. O vizinho Paraná representa uma fatia de 25%. Outros mercados de atuação incluem o Rio Grande do Sul e ações pontuais em São Paulo.

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