Motoristas e cobradores de ônibus de Blumenau e a Blumob, a concessionária responsável pelo transporte coletivo, chegaram a um consenso sobre a convenção e o acordo coletivo da categoria, válidos até 2023. Desta vez as conversas se encaminharam rapidamente e sem impasses. Bem diferente da “emoção” que se viu em 2021, quando trabalhadores chegaram a cruzar os braços em protesto contra a demora da empresa em abrir uma frente de diálogo.

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Fontes dos dois lados ouvidas pela coluna relataram um clima de até surpreendente tranquilidade nos bastidores da negociação deste ano, o que indica uma nova fase na relação entre empresa e funcionários. A primeira reunião entre as partes ocorreu no dia 8 de junho. A Blumob formalizou uma proposta na terça-feira (6), aprovada no dia seguinte em assembleia. Ou seja, tudo se resolveu em menos de um mês. No ano passado, o acordo só saiu no dia 12 de agosto, bem distante da data-base da categoria (1º de julho).

As condições propostas pela concessionária ajudam a explicar a ágil resolução. Além de se comprometer a repor integralmente o INPC acumulado nos últimos 12 meses já na folha de julho – o dado referente a junho, necessário para fechar a conta, ainda não foi divulgado, mas até maio o índice era de pouco mais de 11% –, a Blumob também se dispôs a dar um aumento de 14,13% no vale-alimentação, que subirá de R$ 920 para R$ 1.050. Além disso, novos reajustes no benefício estão previstos para dezembro (R$ 1.055) e junho de 2023 (R$ 1.100).

Tema caro à categoria, a convenção coletiva foi renovada praticamente na íntegra, incluindo a manutenção dos cobradores dentro dos ônibus, discussão (sobre a exclusão) que foi retomada neste ano. Em uma postagem nas redes sociais, o Sindetranscol, sindicato que representa a categoria, informou que até sexta-feira vai publicar uma relação completa dos novos pisos salariais da categoria.

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Considerações

Apesar de ainda estar longe do patamar pré-pandemia, o transporte coletivo de Blumenau vem recuperando espaço. Hoje a média diária de passageiros fica entre 70 e 72 mil, diz o secretário de Trânsito e Transportes, Alexandro Fernandes. Antes da crise, eram 100 mil.

O aumento no movimento tem motivado a inclusão de mais horários e alterações em linhas de ônibus. Além disso, contribuem para as contas do sistema os subsídios feitos pelo município. Para 2022, a ajuda de custo estimada chegará a R$ 22,5 milhões.

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Acordo coletivo “sem emoção” indica nova fase na relação entre Blumob e trabalhadores dos ônibus

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