Sob a alegação de ilegalidade, a venda da marca “Blumenau Esporte Clube” em leilão realizado na última quinta-feira (16) está sendo questionada na Justiça. Uma petição protocolada ao processo nesta quarta (22), assinada pelos mesmos autores da ação trabalhista aberta em 2016 que acabou culminando na alienação do ativo, pede que o resultado seja anulado. O caso tramita na 4ª Vara do Trabalho de Blumenau.
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A ação sustenta que o vencedor do leilão, Carlos Roberto de Oliveira, não poderia ter participado da disputa por ser integrante da diretoria do clube. Como justificativa, a defesa dos autores – uma lista que inclui ex-funcionários, ex-jogadores e empresários – recorreu a regras do edital e ao Código de Processo Civil que impediriam administradores diretos de oferecer lances.
Herdeiro da família Baumgarten tentou comprar a marca BEC em leilão
“Os lances ofertados pele arrematante, friso, vice-presidente da executada, são eivados de nulidade, pois ele nem mesmo poderia estar participando do ato, tendo em vista a qualidade de administrador de bens”, diz a ação, que trata a situação como uma “evidente fraude”.
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A peça sugere ainda que, caso a arrematação seja mantida, o vencedor poderia continuar com as atividades da associação sem qualquer futura responsabilização pelos débitos pendentes. Além da suspensão do processo e da anulação do lance vencedor, a ação pede a realização de um novo leilão “considerando o grande interesse na arrematação”.
Como a coluna destacou, pelo menos seis investidores mostraram interesse na marca Blumenau Esporte Clube, que acabou arrematada por R$ 38 mil. O lance – foram 21 no total – vencedor ficou abaixo do valor de avaliação estipulado em R$ 50 mil, mas R$ 13 mil acima do mínimo exigido – R$ 25 mil.
O Blumenau Esporte Clube é herdeiro do Brasil Football Club, um dos primeiros clubes de futebol da cidade, fundado em julho de 1919. Na década de 1930 o time passou a se chamar Recreativo Brasil e de 1944 a 1980 adotou o nome de Palmeiras Esporte Clube, antes de efetivamente virar BEC.
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