Quase 67 mil blumenauenses – 66.873, para ser exato – não compareceram às urnas no domingo passado. Não é pouca coisa. O número praticamente equivale à quantidade de votos (68.222) recebida por Mário Hildebrandt (Podemos), que liderou a primeira metade da corrida eleitoral. A abstenção foi de 27%, acima da média nacional, que chegou a 23%. E triplicou em relação ao primeiro turno do pleito de 2016, quando ficou em 9,05% – há quatro anos, 20.823 eleitores municipais não votaram.

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O que explica tenta gente ter aberto mão de ajudar a escolher o futuro da cidade? É difícil apontar uma única razão preponderante. Mas a pandemia do coronavírus, com muitas pessoas com o vírus ativo em Blumenau que precisaram manter o isolamento – decisão que pode ter se estendido a familiares mais próximos –, fadiga com o processo eleitoral, excesso de candidaturas e a facilidade para justificar a ausência pelo celular podem ter ajudado a desestimular o exercício da cidadania.

A abstenção favorece quem está na frente, no caso, Hildebrandt. Para João Paulo Kleinübing (DEM), a chave para tirar uma diferença de 43 mil votos aberta pelo adversário no primeiro turno e conquistar uma difícil virada de jogo não passa apenas pelo apoio de outros candidatos derrotados, como Ricardo Alba (PSL) e João Natel (PDT). Será preciso também recrutar votos de uma boa parte dos eleitores que optaram, pelos mais diversos motivos, por não saírem de casa na primeira chamada. O grande desafio é convencê-los disso.

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