A Altenburg está em contagem regressiva. A empresa inaugurou na última semana um totem interativo, instalado na entrada da fábrica de Blumenau, que conta os dias para o tão esperado aniversário de 100 anos. As celebrações pelo iminente ingresso no seleto clube de companhias centenárias, no entanto, vão além. Em paralelo, a maior fabricante de travesseiros do país lançou uma nova logomarca, aposta em uma nova linha produtos premium e prepara a ampliação do atual parque fabril.
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Os investimentos previstos para expandir a operação no curto prazo somam R$ 46 milhões. Desta quantia, R$ 36 milhões estão sendo aplicados na construção de uma nova fábrica no distrito industrial de Nossa Senhora do Socorro (SE), na região metropolitana de Aracaju (SE). A Altenburg já está por lá desde 2009, mas até então mantinha a produção em um imóvel alugado. Agora, está erguendo uma planta própria.
A nova operação nordestina da companhia será dividida em duas fases. A primeira, que inclui a construção de um novo galpão e a transferência das atividades de um local para outro, demandará investimentos de R$ 18 milhões. Tudo deve estar pronto e começar a funcionar, se não houver imprevistos, ainda no primeiro semestre deste ano, informa o diretor de Marketing Tiago Altenburg.
— É uma otimização logística quando a gente começa a descentralizar a produção. Isso vinha sendo feito há muitos anos desde a instalação da unidade lá, e agora vai ser ampliado com a nova unidade — destaca o executivo.
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Em uma segunda etapa, em um período de dois anos, outros R$ 18 milhões serão direcionados para a compra de equipamentos e ampliação da capacidade de produção. Segundo Tiago, três fatores pesaram para a concretização do investimento no Nordeste: disponibilidade de mão de obra, incentivos fiscais e estratégia logística. É a unidade da região, por exemplo, que abastece mercados importantes da companhia no Sudeste, como os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro.
A expansão da capacidade fabril também passará por Blumenau. Uma das duas unidades que a empresa mantém na cidade será ampliada. Vai ganhar mais 2,1 mil metros quadrados de área construída, num investimento aproximado de R$ 10 milhões nos próximos dois anos que inclui a compra de novos equipamentos.
O pé no acelerador servirá para dar conta da crescente demanda, numa virada brusca de cenário em relação a um ano atrás. No início da pandemia, assim como outras indústrias do ramo, a Altenburg chegou a dar férias coletivas e a demitir funcionários. As vagas foram rapidamente repostas quando o volume de pedidos voltou a subir – com mais gente dentro de casa, cresceu a procura por artigos de cama, mesa e banho.
Apesar das turbulências, a Altenburg fechou 2020 com receita de R$ 450 milhões, alta de 10% frente a 2019. A empresa faturou 17,5 milhões de peças ao longo do ano passado. Hoje, conta com uma equipe de cerca de 1,9 mil funcionários, com unidades também em São Roque (SP) e uma no Paraguai. A companhia mantém 13 lojas próprias, além de um e-commerce, e está estudando novos modelos de negócios para o varejo.
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