É cada vez mais perceptível o esforço que vem de dentro da prefeitura de Blumenau para catapultar a imagem de Maria Regina de Souza Soar (PSDB). A mais recente investida partiu do secretário de Comunicação, André Espezim (Podemos). Em artigo enviado via assessoria de comunicação a jornalistas na última semana, Espezim, pré-candidato a deputado estadual, escreve que um dos grandes acertos do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) “com certeza foi a escolha de Maria Regina” para ser sua vice.
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Não faltam, no texto, elogios à presença de Maria Regina e ao que ela entregaria à gestão municipal: sensibilidade, força feminina, diversificação de pautas e experiência administrativa na área da saúde, que vive um momento crítico com a disparada de novos casos de Covid-19. “Poderia, então, haver pessoa mais indicada para estar conosco neste momento?”, questiona Espezim, induzindo o leitor a uma resposta que para ele soa óbvia.
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Quem se atenta aos movimentos da política já se deu conta dessa estratégia há mais tempo. Em publicações nas redes sociais e em discursos presenciais, Hildebrandt sempre faz questão de exaltar a parceira. A sintonia no topo da gestão, com abertura do prefeito para que a vice também seja protagonista, não é comum na história local recente e não se repete nas esferas estadual e federal.
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Ao assumir a coordenação da Comissão Municipal de Imunização, Maria Regina também atraiu os holofotes da gestão da pandemia. Dúvidas a respeito de vacinas e sintomas, antes direcionadas ao secretário Winnetou Krambeck, agora muitas vezes recaem sobre a vice-prefeita. Ela também é figura cada vez mais presente nas lives do município. Para o eleitorado, é um rosto que passa a se tornar recorrente. A depender da avaliação da atual gestão ao término do mandato, trata-se de um ativo considerável.
Com Hildebrandt fora da disputa e pela própria condição, Maria Regina desponta como nome natural da situação para uma eventual sucessão no pleito de 2024. Ainda há muita água para correr, mas na política é preciso marcar posição. Mesmo que, no fim, esse não seja o objetivo. Mesmo que o cenário não se confirme. Mesmo que ninguém, a esta altura do campeonato, admita que esteja pensando em eleições.
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