O motorista blumenauense já nem se surpreende mais com a gangorra nas bombas de combustível. Depois de baixar a R$ 3,86 o litro, em média, em fevereiro, o preço da gasolina voltou a acelerar nos últimos dias. A última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) constatou que o valor cobrado aos consumidores da cidade chegava, também na mediana, a R$ 4,04.
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Esse levantamento apurou uma alta de 4,6% em um período de cerca de dois meses, mas foi feito entre os dias 31 de março e 6 de abril. Não computou, portanto, o reajuste de 5,6% anunciado na quinta-feira da semana passada pela Petrobras, válido desde sábado e que encareceu em R$ 0,10 o preço do litro nas refinarias.
A consequência óbvia da medida acaba sendo o repasse do aumento para a ponta, pesando mais no bolso de quem dirige. A coluna verificou no início da tarde desta quinta-feira o preço da gasolina comum em 13 postos de combustíveis da região central de Blumenau. Os valores oscilaram entre R$ 4,05 e R$ 4,24. A média, nesse levantamento informal, ficou em R$ 4,11.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sinpeb), Julio César Zimmermann, pondera que é possível que nem todos os estabelecimentos já tenham absorvido a nova tabela. Ou seja, pode ser que essa média ainda suba nos próximos dias.
Apesar de soar alto para os motoristas, o preço médio da gasolina em Blumenau, de acordo com este último levantamento da ANP, feito em 21 cidades de Santa Catarina, ainda é o segundo mais baixo do Estado, atrás apenas de Itajaí (R$ 3,99). E está bem distante dos valores que chegaram a ser aplicados na reta final de 2018, quando o litro do combustível atingiu R$ 4,43 em outubro e R$ 4,41 em novembro.
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Aliás
Embora seja tentador para algumas pessoas creditar a oscilação da gasolina a questões partidárias, vale lembrar que desde julho de 2017 a política de preços estabelecida pela Petrobras para o combustível acompanha as cotações diárias do dólar e do barril de petróleo. É isso que tem provocado reajustes praticamente diários.
Nada escapa
Não bastasse a disparada da gasolina, o diesel também vai ficar mais caro. A Petrobras anunciou nesta quinta-feira aumento de 5,7% no preço do combustível, com impacto calculado de R$ 0,12 sobre o litro. É o primeiro reajuste após 20 dias sem alterações.
Diferentemente da gasolina, o diesel não tem oscilado conforme as cotações internacionais do produto. As variações ocorrem em intervalos pré-definidos, após acordo feito ainda em 2018 para pôr fim à greve dos caminhoneiros.