A Almeida Júnior está estruturando um fundo de investimento imobiliário (FII) para captar recursos que serão usados na expansão dos seis shoppings centers do grupo em Santa Catarina. Na prática, a empresa, que lidera com folga o mercado no Estado, decidiu vender uma participação minoritária, de 14,5%, dos centros comerciais. Investidores que adquirirem cotas se tornarão sócios do negócio.

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Fontes ligadas à operação dizem que a Almeida Júnior planeja levantar até R$ 625 milhões com o AJ Malls, que será o primeiro FII de uma rede de shoppings no Brasil. O reforço no caixa vai ajudar a sustentar uma expansão, estimada em R$ 800 milhões, de 50 mil metros quadrados da área bruta locável (ABL) do grupo, que passará de 225 mil para 275 mil metros quadrados. Todos os seis empreendimentos instalados no Estado vão aumentar de tamanho.

Como a Almeida Junior construiu “um muro” em SC para dominar o mercado de shoppings

O cronograma deve iniciar já em 2024 pelo Balneário Shopping, que ganhará mais 12 mil metros quadrados de ABL a um custo de R$ 160 milhões. Depois virão o Neumarkt, em Blumenau, cuja expansão prevê 8 mil metros quadrados adicionais, com investimento de R$ 100 milhões, e o Garten, de Joinville, onde serão acrescidos 9 mil metros quadrados também por R$ 100 milhões.

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Os outros shoppings do grupo – Continente (São José), Norte (Blumenau) e Nações (Criciúma) – também serão contemplados, mas para eles o cronograma de investimentos ainda não está definido. Os investimentos, apurou a coluna, devem ser feitos em um intervalo de cinco anos.

A aposta por um FII como estratégia para levantar recursos se deve à alta rentabilidade deste tipo de fundo, cujas cotas serão negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira. A Almeida Junior também considerou a alternativa mais rápida do que o lançamento de uma oferta pública inicial de ações (IPO). O grupo flertou com esta opção no passado, mas colocou o pé no freio e não vê “clima” no mercado no momento para retomar o assunto. Este processo, segundo uma fonte da companhia, só deve voltar para o radar em 2026.

A Almeida Júnior detém 72% do mercado de shoppings centers em Santa Catarina. No ano passado, 28 milhões de pessoas passarem pelos seis estabelecimentos do grupo.

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