O presidente do Serviço Autônomo Municipal de Trânsito e Transportes de Blumenau (Seterb), Marcelo Schrubbe, quer acoplar câmeras às fardas dos agentes de trânsito da cidade. Pediu orçamento para saber se vai poder colocar o equipamento em todos os servidores ou só em alguns. A vontade é fazer com que a câmera grave toda e qualquer abordagem feita pelos agentes que trabalham na rua, diretamente com o cidadão, a fim de coletar provas em caso de desentendimento ou para avaliação de conduta. Tanto do agente quanto do cidadão.

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Segue modelo adotado pela Polícia Militar de Santa Catarina (foto) a partir do trabalho durante a Oktoberfest. Schrubbe foi motivado pelo episódio do vídeo que viralizou nas redes sociais na semana passada, em que agentes da Guarda Municipal de Trânsito de Blumenau foram acusados de abuso de autoridade e de desrespeitar as leis de trânsito.

O presidente do Seterb diz que o vídeo feito pelo motorista que teria sido prejudicado pelos agentes conta metade da história. Se os servidores estivessem com câmeras acopladas à farda, seria possível saber o que gerou o descontentamento do cidadão e avaliar a conduta dos agentes.

Valorização do agente

Há uma preocupação do novo presidente do Seterb com a imagem dos agentes de trânsito de Blumenau junto à comunidade. Na avaliação dele, a natureza do trabalho de fiscalização gera por si só uma certa antipatia por parte das pessoas.

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A ideia é trabalhar aos poucos tanto a autoestima dos servidores como a imagem que eles passam para o cidadão. Isso poderá ocorrer de duas formas. A primeira contará com a ajuda da fiscalização por câmeras — que deve ser retomada nas próximas semanas — e do novo sistema semafórico previsto para ser instalado com a implantação do Centro de Operações de Blumenau (COB), com sensores de velocidade e avanço de sinal. Com a ajuda da tecnologia, os agentes poderão atuar mais na orientação do trânsito, sem prejudicar a fiscalização.

A segunda é fazer o que o 10º Batalhão de Polícia Militar, em Blumenau, faz muito bem por meio das redes sociais, valorizando policiais, o ofício deles e os resultados das ações para a comunidade. A comunicação com as pessoas, de uma maneira geral, deve passar por mudanças em 2019.