
Guilherme Frederico Karsten nasceu em Blumenau, no ano de 1982. Viveu poucos anos com a família no bairro da Velha e logo foi para a região da Rua 1º de Janeiro, na Itoupava Norte, e para o bairro Fortaleza, onde passou a maior parte da infância, adolescência e início de vida adulta.
Continua depois da publicidade
O pai era sócio de uma oficina mecânica, mas atuava na parte administrativa. A mãe sempre foi dona de casa e cuidou dos três filhos. Guilherme é o mais velho do trio.
Os anos de pré-escola ele passou no Colégio Franciscano Santo Antônio, mas o ensino fundamental foi inteirinho na Escola Básica Municipal Machado de Assis. Na rua em que vivia ele tinha vários amigos. Jogava bola no campinho do terreno baldio, tomava banho de piscina na caso do vizinho e andava de skate. Ainda hoje ele sente o deslocamento de ossos do quadril graças aos tombos que levou no asfalto duro.
Sempre gostou de desenhar. Com o pai amante de rock ele se lembra de deitar no chão e riscar no papel as bandas que tocavam no CD player da casa. Também teve a oportunidade, junto com uma colega, de ter um desenho estampado na capa da agenda do colégio por dois anos.
Continua depois da publicidade
Amadurecimento
Nas férias ele produzia os próprios gibis, com personagens criados por ele. Chegou a fazer um curso e trabalhar como assistente do ilustrador Márcio Kühne, que atuava no Jornal da Criança do Jornal de Santa Catarina e criou o Ratinho Roque.
O ensino médio ele cursou no CIS, hoje Cedup Hermann Hering. Completou o curso técnico em Contabilidade e atuou, ainda adolescente, em um escritório do setor. Teve que ajudar a mãe com as despesas de casa depois que o pai morreu vítima de câncer aos 38 anos de idade. Guilherme tinha 15.
Foi nessa época que ele jogou fora uma pasta cheia de desenhos que ele fez ao longo da adolescência. Avaliou que não conseguiria sobreviver com o que até então era um hobby, mas não deixava o lápis em paz sempre que surgia uma oportunidade.
Trabalhou dois anos no escritório de contabilidade e então reencontrou o desenho na Studio Belli, empresa especialista em ilustrações e animações, onde ficou por nove anos. Foi nesse período que ele se formou em Publicidade e Propaganda na Uniasselvi. Por quatro meses trocou a Belli por uma agência de publicidade, mas percebeu que a paixão era mais forte pela ilustração. Também foi nessa época que ele se casou, mais precisamente em 2007.
Continua depois da publicidade
Literatura como ofício
Em 2009 ele começou a trabalhar na Cativa, indústria têxtil de Pomerode. Desenhava estampas e chegou a criar coleções como designer. Aos poucos começou a trabalhar com ilustrações de livros em casa à noite. A demanda pelo serviço noturno só cresceu e quando nasceu o segundo filho, em 2016, ele decidiu deixar a Cativa e se dedicar integralmente às ilustrações.
Hoje ele mantém um estúdio no bairro Itoupava Norte, perto de onde mora. Trabalhou muito em parceria com autores de publicações infantis e aos poucos foi cultivando o desejo de escrever os próprios livros para crianças. Já lançou um na França e outro na Inglaterra. Agora vai lançar o primeiro no mercado brasileiro.
Além de trabalhar e curtir a família, Guilherme se dedica à igreja que frequenta desde que o pai adoeceu. Ajuda no que é possível e vai aos cultos nos domingos. Para o futuro os planos são de dedicação máxima com o objetivo de se consolidar como ilustrador e, agora, escritor de livros infantis dentro e fora do Brasil.