Por Lucas Paraizo

A memória viva de quem presenciou de perto a Segunda Guerra Mundial vai, aos poucos, acabando. Em Blumenau, morreu neste domingo o último dos pracinhas da cidade. Adolfo José Klock representou o Brasil e lutou na guerra na Itália, onde serviu primeiro como auxiliar de cozinha e depois foi para o campo de batalha fazer rastreamento de minas.

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Aos 96 anos, Klock morava em um sítio em Blumenau e se dedicava ao trabalho na horta. Ele completaria 97 anos nesta terça-feira. Natural de Gaspar, ele serviu no batalhão em Itajaí e depois foi para São Paulo e Rio de Janeiro, onde passou por treinamento antes da Segunda Guerra.

Klock foi um dos personagens da grande reportagem "Memórias da Guerra", publicada pelo Santa em 2015 com os últimos veteranos da região. Na época ele contou que a equipe dele saía durante o dia com sondas detectando onde estavam as armadilhas no campo minado e estendia uma faixa branca de um metro de largura por onde a infantaria poderia cruzar com segurança.

Também na Guerra, Klock perdeu o melhor amigo: Mário Nardelli, natural de Rio do Oeste, que morreu em bombardeio na batalha de Monte Castello.

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Relembre o especial do Santa sobre os veteranos da Guerra