Por Augusto Ittner, interino

Como se não bastasse todo o embaraço causado por questões que envolvem desapropriação, o prolongamento da Via Expressa em Blumenau sofre com mais um impasse: rochas. Literalmente. Isso porque a empresa responsável pelos trabalhos alega que havia um volume maior do material do que o previsto no processo licitatório, o que traz empecilhos e torna a obra mais cara. No edital, a expectativa é de que houvesse 6% de rocha em toda a extensão, número que, conforme a empreiteira, pode passar de 20%. A empresa, inclusive, está com máquinas paradas desde setembro, no aguardo de uma medição oficial – que pode também aumentar o valor da obra.

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O problema é que na primeira tentativa de contratar especialistas para fazer esse cálculo, no fim do ano passado, ninguém participou da licitação. Na última quinta-feira, o governo do Estado então convocou um novo processo com a participação de quatro empresas, e a previsão é de que a homologação da vencedora seja publicada ainda no decorrer desta semana. O secretário adjunto de Infraestrutura de Santa Catarina, Paulo França, acredita que o governo deve pagar em torno de R$ 65 mil pelo serviço. Essa aferição tem prazo de 45 dias a partir da assinatura do contrato para ser concluída e, assim que finalizada, permite que a empreiteira retome as obras no local.

O prolongamento da Via Expressa (também chamado de prolongamento da SC-108) terá 15,6 quilômetros e, teoricamente, já era para estar tudo pronto. Quase quatro anos depois, nem mesmo o primeiro trecho de 1,8 quilômetro foi concluído, graças a imbróglios envolvendo indenizações. No fim das contas, a obra deve passar dos R$ 200 milhões e tem a promessa de desafogar a Rua Dr. Pedro Zimmermann, que hoje tem o trânsito considerado estadualizado. A expectativa é de que, depois de pronto, o trecho receba 17 mil veículos por dia.

Elevados

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O governo do Estado quer agora que o elevado que precisa passar sobre a BR-470 seja incluído no pacote de duplicação da rodovia federal e pago pela União. Isso traria uma redução de custos para a obra do prolongamento da Via Expressa. Outro elevado que precisa ser feito é sobre a Rua Guilherme Scharf, na Itoupava Central, porém ele sequer foi licitado. Conforme o secretário adjunto Paulo França, foi preciso fazer algumas alterações no projeto, e ele garantiu que o edital será lançado em breve, com os trabalhos começando no segundo semestre deste ano.

(Colaborou Eduardo Cristófoli, NSC TV)