Muito triste acordar de manhã e saber que vários estabelecimentos comerciais da cidade foram destruídos pelo fogo durante a madrugada. Empresas de gente que trabalha, que empreende, que emprega, que gera riqueza e renda para a cidade e famílias blumenauenses.
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Como sempre, não faltarão aquele espírito de reconstrução que tão bem caracteriza nosso povo e o apoio necessário para que o episódio logo seja uma página virada na história dessas empresas e famílias.
Mais triste ainda é saber que um dos imóveis atingidos e destruídos tem nas paredes parte da história da cidade. Os três arcos em frente ao Senai são representantes arquitetônicos dessa força empreendedora e da inovação que sempre marcaram Blumenau.
O prédio foi erguido na década de 1930 e abrigou a Fábrica de Chapéus Nelsa até a década de 1960. Por muitos anos a empresa foi administrada por uma mulher, Cecília Weege Lischke, segundo registro do Jornal de Santa Catarina. Na década de 1970 foi sede do próprio Jornal de Santa Catarina, primeiro jornal off-set do Estado. Para muitos ainda é o prédio do “antigo Santa”.
A riqueza arquitetônica do prédio é inquestionável. O projeto é do arquiteto alemão Simão Gramlich, que tanto contribui com a cara que hoje a cidade tem. O desenho da fachada desse prédio ilustrou recentemente o cartaz de divulgação de uma exposição sobre os trabalhos do profissional no Vale do Itajaí.
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Famílias, empresas e a própria cidade perderam parte dos patrimônios delas. O ano termina mais triste em Blumenau.