Há uma preocupação na cidade com as característica visuais do centro de Blumenau. Arquitetos e urbanista se manifestaram preocupados com o tema nas redes sociais depois que uma loja na esquina das ruas XV de Novembro e Padre Roberto Landel de Moura fechou as vitrines e pintou a fachada com as cores vermelho, alaranjado e amarelo.

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Para Alfredo Lindner Jr., os comerciantes dão um tiro no pé ao apostar numa estética duvidosa e que vai em sentido oposto ao reconhecimento do Centro como um espaço de valor histórico a ser ocupado pelas pessoas. Já Christian Krambeck, que é professor no curso de Arquitetura da Universidade Regional de Blumenau (Furb), teme pelo mau gosto e perda de vitalidade urbana.

O tema já vem sendo discutido na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur). O secretário Ivo Bachmann Jr. diz que a chamada lei das placas, de 2007, restringe o uso de letreiros nas fachadas, mas não há regras sobre a pintura das edificações.

São várias lojas que abusam das cores e outros elementos, descaracterizando edificações importantes e o Centro como um todo. Segundo o diretor de Planejamento Urbano, Roger Schreiber, em alguns casos o mesmo imóvel tem mais de um padrão de pintura porque foi locado para mais de uma loja.

Uma proposta de regras e padronização já foi elaborada pelos profissionais da secretaria e começa a ser discutida com outros órgãos e entidades. Já foi apresentada nesta semana no Conselho do Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural Edificado (Cope).

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O vereador Sylvio Zimmermann (PSDB), ex-presidente da Fundação Cultural, assistiu à apresentação e deve articular o projeto na Câmara e junto às entidades representativas do comércio, como CDL e Sindilojas.

De fato, o comércio só tem a ganhar com a preocupação. Tornar a Rua XV de Novembro mais bela ajuda a atrair pessoas e, por consequência, consumidores.