Liberar 12 quilômetros de pista duplicada na BR-470 é uma das metas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) para 2018. Pelo menos é o que conta o engenheiro responsável pelo acompanhamento da obra na autarquia federal, João José Vieira. Ele, o superintendente do DNIT em Santa Catarina, Ronaldo Carioni Barbosa, e o chefe de serviços de engenharia, Névio Carvalho, vistoriaram a obra na quarta-feira desta semana.
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A liberação pode ocorrer no lote 2 da duplicação da rodovia federal que corta o Vale do Itajaí, mais precisamente entre as cidades de Ilhota e Gaspar. Além disso, o governo ainda trabalha com a possibilidade de também liberar algum trecho do lote 1, entre Navegantes e Ilhota, até o fim de 2018. No ano passado Barbosa disse que o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, viria a Santa Catarina em 2018 para inaugurar algum trecho.
A realização dos desejos do DNIT ainda depende de alguns fatores. Além das condições climáticas, a maior preocupação no momento está relacionada com a liberação de verbas pelo governo federal para a obra. Segundo Vieira, houve o anúncio de um corte na dotação orçamentária do Ministério dos Transportes para este ano, só não se sabe ainda quais obras serão afetadas. Se a duplicação BR-470 perder mais dinheiro, é provável que o desejo de liberar trechos mais longos da duplicação fique para o próximo ano. A duplicação da rodovia deve consumir neste ano algo em torno de R$ 150 milhões.
Trabalho no litoral evoluiu com a entrada de terceira empresa
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De Navegantes a Gaspar a responsabilidade pela obra é do consórcio Ivaí-Setep. No primeiro trecho, mais perto do litoral, o ritmo da obra evoluiu depois da entrada de uma terceira empresa no consórcio. Com 30% da duplicação concluída, o maior desafio é construir dois viadutos e duplicar o existente no cruzamento com a BR-101. O projeto da estrutura a ser duplicada teve que ser refeito por causa dos planos de melhoria da Autopista Litoral Sul no local, responsável pela concessão da BR-101.
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Já o lote 2, entre Ilhota e Gaspar, é o trecho em que as obras mais evoluíram, chegando a 56% do total, segundo Vieira. Alguns segmentos estão praticamente concluídos e podem ser liberados ao trânsito até o fim do ano. Dois viadutos quase prontos e outro dois estão com obras em andamento.
Obras no Lote 3, em Blumenau, foram retomadas em março
A Sulcatarinense, empresa responsável pela duplicação da BR-470 em dois dos quatro lotes da obra, retomou em março os trabalhos no lote 3, em Blumenau. Depois de um mutirão de desapropriação feito no ano passado, a empresa foi autorizada a iniciar a construção de um viaduto no trevo da rodovia que dá acesso a Pomerode e de um novo e grande sistema viário no entroncamento da BR-470 com a SC-108 (Rodovia Guilherme Jensen), conhecido como Trevo da Mafisa.
No acesso a Pomerode os trabalhos devem iniciar com a instalação de um novo sistema de drenagem para acabar com o problema de alagamento em dias de chuva forte. Inicialmente a obra não vai interferir no congestionado trânsito do local.
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Já no Trevo da Mafisa o serviço começou pela limpeza e terraplanagem de alguns terrenos. Serão construídos outros quatro viaduto (há um no local) e três pontes. Com o início dessas duas obras a duplicação no lote 3 finalmente vai sair do incômodo índice de apenas 3% de obra executada. Já no lote 4, entre Blumenau e Indaial, a duplicação ainda não começou.
Sobre o fato de a empresa responsável pela obra estar em recuperação judicial, devido a sérios problemas financeiros, o engenheiro João José Vieira está confiante. Diz que a Sulcatarinense já está superando essa fase e deve dar velocidade à obra nos lotes 3 e 4.
Confira abaixo mais fotos da sobras no lote 2, entre Ilhota e Gaspar: