Os R$ 10 milhões que o governo do Estado quer repassar por mês para que os municípios catarinenses assumam a manutenção das rodovias estaduais não são suficientes para o serviço. Quem disse foi o próprio secretário de Estado da Infraestrutura, Carlos Hassler, em reunião na manhã desta segunda-feira com prefeitos de cidades que fazem parte do Consórcio Intermunicipal do Vale do Itajaí (Cimvi) e da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi).

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A ideia do governo estadual é repassar esse dinheiro por meio do Projeto Recuperar e fazer com que os consórcios municipais contratem os serviços e escolham o que é prioridade. O valor a ser repassado corresponde a R$ 1,6 mil por quilômetro a cada mês. Com esse dinheiro os consórcios teriam que contratar, roçada, manutenção de sinalização, do asfalto, e da drenagem superficial, entre outros serviços. Não caberá aos municípios recuperar a malha rodoviária ou investir em novas rodovias.

Hassler sabe que o dinheiro não é suficiente, mas explica que foi o que a Secretaria da Fazenda conseguiu destinar para manutenção das estradas. Segundo ele, a ideia do Projeto Recuperar é garantir que o dinheiro chegue mais rapidamente e que a solução surja o quanto antes, com a ajuda dos municípios.

Ainda não há definição por parte do Cimvi e da Ammvi sobre a adesão ao projeto. O tema será discutido na próxima assembleia, agendada para o dia 17 deste mês.

Revisão do convênio

Os prefeitos temem uma série de possíveis problemas. Além do dinheiro ser insuficiente, o Cimvi teria que contratar pessoal para administrar o convênio, o que já requer mais investimento. Também há o desgaste político para definir o que é prioridade em um grupo de 14 municípios e o possível desgaste com a população, que ainda verá muito a ser feitos nas rodovias estaduais.

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O secretário Hassler vai pedir uma revisão da minuta do contrato para esclarecer questões jurídicas que ficaram pendentes. Só depois dessa revisão é que os municípios farão uma nova análise e decidirão se farão parte do projeto Recuperar ou não.