Criança com leucemia depende de medicamento da rede pública em falta em Blumenau

*Por Jean Laurindo, interino

O fim do ano passado foi de preocupação para a moradora de Timbó Rafaela Eloterio Anastasio. A filha Emanuelly, de três anos, passou quase todo o mês de dezembro doente e com febre alta e foi diagnosticada com leucemia. O tratamento deve durar pelo menos dois anos e precisa começar com urgência. O problema é que o início da quimioterapia depende do medicamento Elspar.

Ele é comprado pelo Ministério da Saúde e fornecido pelo Estado, mas está em falta há pelo menos três meses na cidade. No caso de Emanuelly, após uma luta da família e da médica Marcela Barros de Souza, a menina poderá começar o procedimento na segunda-feira, no Hospital Joana de Gusmão, em Florianópolis. Lá, o medicamento só está disponível graças a uma ajuda da associação de voluntários da instituição. No entanto, a preocupação permanece para possíveis novos casos da doença na cidade que exijam o medicamento.

Hospital confirma problema em distribuição de remédio

Em nota à NSCTV, o Hospital Santo Antônio confirmou que a distribuição do remédio está instável e informou que no início de dezembro recebeu oito dos 15 frascos consumidos por mês. A gerente-geral do hospital, Izabel Casarin, disse ainda que a Secretaria de Saúde de Blumenau confirmou o estoque zerado do medicamento e que o Ministério da Saúde está finalizando a compra internacional. A Secretaria de Estado da Saúde informou que o problema é nacional e desde setembro o Estado não recebe o medicamento do ministério – a última remessa, de 50 ampolas, foi em novembro.

** Com informações de Vanessa Moltini, da NSC TV