Cada vez mais a quarentena fica no passado. Se há quatro semanas estávamos quase todos dentro de casa, nesta semana restaurantes, centros comerciais, shopping centers, academias e igrejas voltam a abrir ao público. Juntam-se aos bancos, lojas de rua, escritórios e outras atividades que já funcionam há mais de uma semana e supermercados, farmácias e outros serviços essenciais que não pararam.

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De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Helton Zeferino, a liberação de novas atividades econômicas tem como base o trabalho feito por cientistas de dados, médicos infectologistas e outros técnicos de Santa Catarina em modelo de prognóstico desenvolvido pela Imperial College (Londres). Entende-se que a taxa de transmissibilidade é adequada para a liberação de mais atividades da quarentena.

Apesar das decisões tomadas pelo governo do Estado, não há certezas. O impacto da liberação dessas atividades só será sentido em uma ou duas semanas, de acordo com o surgimento dos novos casos. É bom não esquecer que se uma pessoa for infectada hoje, os sintomas podem começar a surgir em até 14 dias.

Dois fatores são determinantes no sucesso desse modelo. O respeito por parte dos estabelecimentos a todas as regras que foram criadas para evitar ainda mais a proliferação do novo coronavírus e o compromisso de cada cidadão com a etiqueta do vírus, ou seja, o uso adequado de máscaras, a higienização das mãos, o distanciamento das pessoas e o hábito de ficar em casa sempre que possível.

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O fato de o movimento ter voltado praticamente ao normal não nos autoriza a deixar esses cuidados de lado. Pelo contrário. A aparente normalidade só será mantida se todos esses cuidados e o respeito às novas regras forem assimilados pela comunidade como o “novo normal”. Se dermos espaço ao vírus, se afrouxarmos a vigilância sobre nós mesmos, o número de casos aumentará e, se não houver capacidade de atendimento nos hospitais, voltaremos à quarentena. Mais longa e mais triste que a anterior.