Charles Schwanke, 54 anos, é o mais velho de quatro irmãos que, quando crianças, moravam na Rua Daniel Pfaffendorf, no bairro Itoupava Seca. Com a casa cercada de mato, restava à molecada montar cabanas e assar linguicinhas no próprio fogareiro. Futebol em campinho de chão batido também era comum.
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O colegial inteiro ele cursou na Escola Barão do Rio Branco. Além de estudar, lá praticava atletismo, futebol e handebol. Nesses esportes também participava dos Jogos da Primavera, uma espécie de olimpíada entre colégios da cidade. Na Barão ele também tocava na fanfarra.
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Formado no 2º Grau, ou Ensino Médio, ele montou uma banda com o amigo Luizinho, o tio Chico e, mais tarde, o guitarrista argentino Claudio Romero. A Folha era o nome do grupo que tocava blues e rock nos festivais da cidade. Charles tocava baixo e alguns foram os vocalistas, entre eles o artista plástico Roy Kellermann, que deixa saudades.
Na faculdade, Schwanke mirou em Administração de Empresas na Universidade Regional de Blumenau (Furb). Emendou uma pós-graduação em Projetos de Viabilidade Econômica e um mestrado em Administração. Tudo na Furb.
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Profissionalmente ele começou a trabalhar na Schwanke Piscinas logo que saiu do colégio. Na empresa do pai e do tio ele fazia de tudo. A sociedade se desfez e Charles aproveitou a amizade com Romero para passar três meses em Bueno Aires (Argentina). Circulou por bares, casas de show, casas noturnas e ensaios de bandas argentinas. Foram três meses de muita música e diversão. Na volta para Blumenau começou a trabalhar no Unibanco como auxiliar de crédito e cobrança.
Saiu dois anos depois, em 1987, para trabalhar na Cia. Hering. Exerceu o cargo de analista financeiro no departamento de Mercados de Capitais. Nessa época aceitou convite do Partido Liberal (PL) para se candidatar, sem sucesso, a vereador na eleição de 1988.
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Foi também na época da Hering que Charles se casou com uma ex-colega da Escola Barão do Rio Branco e do Unibanco. Em outubro eles comemoram bodas de pérola (30 anos de casamento). O casal tem duas filhas e uma delas mora em Portugal.
Quatro anos depois de entrar na Hering foi para a Dudalina ser supervisor de crédito e cobrança. Lá conheceu Vilson Souza, que era candidato a vice-prefeito na chapa de Renato Vianna. A dupla foi eleita e Charles foi convidado para trabalhar na área de Desenvolvimento Econômico da prefeitura. Permaneceu até o primeiro ano do segundo mandato de Décio Lima, quase nove anos depois.
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Em paralelo atuou no Conselho de Administração do Blusoft (Blumenau Polo de Software) e depois como gerente executivo, até 2006. Um ano antes ele havia assumido a gerência executiva da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), onde está até hoje, como diretor executivo. Charles também atuou como professor no Ibes/Sociesc por 15 anos no curso de Administração.
Além da Itoupava Seca, ele morou na Velha e na Ponta Aguda. Tem vínculo forte com a cidade. Conhece muita gente, atuou em inúmeras instituições e sente que deve colaborar, de alguma forma, com o desenvolvimento de Blumenau, em especial o econômico.
A música segue sendo uma paixão. Ouve blues e rock no carro e em casa, onde guarda um acervo de cerca de 2 mil LPs, CDs e DVDs. Recentemente a antiga banda foi resgatada com nova formação. A Nova Folha Blues Band se reúne nas noites de sexta-feira, sem muita pretensão, para momentos de relaxamento e diversão.
Charles também gosta de filmes de terror e livros de biografia e história. Sem muitos planos, quer continuar colaborando com a cidade, trabalhando e tocando com a banda. A única mudança prevista é cruzar mais vezes o Atlântico para visitar a filha distante.
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