Um convênio a ser firmado neste mês entre a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Faema) e a Universidade Regional de Blumenau (Furb) dará o pontapé inicial para a elaboração do aguardado Plano Municipal de Arborização da cidade. Uma vez oficializada a parceria, biólogos e engenheiros florestais da instituição de ensino e do órgão de proteção ambiental de Blumenau iniciarão um longo e importante trabalho. Durante dois anos, eles percorrerão todos os bairros para fazer um “censo” das árvores urbanas, aquelas plantadas em calçadas e espaços públicos.

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O trabalho começará pela área central, englobando os bairros Centro, Victor Konder, Itoupava Seca e Vila Nova. A estimativa do presidente da Faema, Alexandre Baumgratz, é que esta primeira fase seja concluída em, no máximo, dois meses. Os profissionais da Biologia e da Engenharia Florestal identificarão as espécies plantadas e farão um relatório de cada árvore. A Faema quer saber o “estado de saúde” delas. Se estão bem, mortas ou doentes e qual o prognóstico de cada uma. Também será observado se a espécie é indicada para estar na cidade ou não. Em muitos casos, árvores com raízes profundas e copas altas acabam destruindo importantes equipamentos urbanos, como as tubulações de distribuição de água, de captação do esgoto, a drenagem pluvial e, no caso das copas, a fiação de distribuição de energia elétrica.

Com esse levantamento será possível verificar se determinada árvore pode ser mantida onde está, se precisa de tratamento, se precisa ser substituída por outra de espécie diferente ou se ela terá que cortada. Essa última situação ocorre quando, por exemplo, está plantada em local inadequado. Baumgratz cita o caso da árvore em frente ao Hotel Slaviero, na Rua 7 de Setembro. Ela foi plantada numa esquina em que há uma faixa de segurança, atrapalhando o vaivém de pedestres:

— Árvores têm que embelezar a cidade, oferecer sombra, ajudar no combate à poluição do ar e sonora e na absorção da água da chuva.


Cidade mais arborizada

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O trabalho ajudará a identificará locais em que novas árvores poderão ser plantadas. Alexandre Baumgratz garante que o objetivo é aumentar a quantidade de árvores na cidade, e não diminuir. O estudo de dois anos a ser feito em conjunto com a Furb vai custar R$ 382 mil. Cerca de R$ 260 mil serão bancados pela Fundação Municipal do Meio Ambiente e o restante pela universidade.

Todo esse trabalho vai originar o Plano de Arborização de Blumenau, uma espécie de Plano Diretor das Árvores na cidade. Hoje a Faema tem um manual para os interessados em plantar, mas um plano é bem mais abrangente. Ele será estabelecido por meio de projeto de lei, a tramitar na Câmara Municipal. Estabelecerá normas de acordo com as características de cada região. É um trabalho que levará em conta, segundo o presidente da Faema, o crescimento da cidade nos próximos 20 anos.

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