Durou oito meses e 10,6 mil quilômetros pedalados a aventura do biólogo e professor aposentado da Universidade Regional de Blumenau (Furb) Pedro Bertelli, 62 anos de idade. Ele saiu da cidade em fevereiro com o objetivo de chegar em Chuí (RS) — extremo Sul do Brasil — e de lá pedalar até o Oiapoque (AP) — extremo Norte do país.

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Na cidade do Amapá ele não conseguiu chegar. Ficou a 500 quilômetros de lá porque as estradas estão em péssimo estado de conservação. Além disso era difícil encontrar lugar para dormir. A proposta dele era sempre buscar um hotel com ar-condicionado, único luxo de toda a aventura.

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Com os obstáculos que surgiram, ele decidiu voltar. Conseguiu pedalar até Palmas (TO) até que a dor de uma LER (Lesão por Esforço Repetitivo) no polegar da mão direita se tornou insuportável. O dedo é usado para trocar as marchas da roda traseira da bicicleta. De Palmas ele foi a Curitiba (PR) de ônibus e da capital paranaense ele pedalou até Blumenau, onde chegou na semana passada.

Uma das maiores dificuldades durante a viagem foi encontrar peças adequadas para a bicicleta. No total ele usou nove pneus e 11 câmaras, além de trocar três vezes as pastilhas de freio.

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Em relação aos benefícios, eles estão na mente e no corpo. Além de conhecer os limites do organismo dele, e lugares maravilhosos Brasil afora, Pedro perdeu 15 quilos. Chegou com 67 dos 82 que tinha em fevereiro.

Ele já havia feito outras quatro pedaladas de longa distância pelo Brasil, mas nunca havia ultrapassado os 5,3 mil quilômetros. Em casa, o professor aposentado quer agora recuperar o movimento do dedo lesionado, mas o desejo de pedalar não o abandona. É provável que no próximo ano ele monte uma bicicleta melhor para se aventurar fora do Brasil, indo daqui para o Uruguai, Argentina e Chile.