Cada vez mais, empresas comprometidas não só com sua imagem, mas com o papel que desempenham na sociedade se estruturam como agentes que se engajam para promover o desenvolvimento do ecossistema onde estão inseridos, estabelecendo, assim, um processo de mão dupla, que beneficia todos aqueles que gravitam no entorno de seus muros, inclusive comunidades e seus moradores.

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Nesse sentido, empresas que desenvolvem e aplicam estratégias de responsabilidade social, seja para atuar de modo mais sustentável ou definir a sua reação frente a diversos contextos, como ambiental e econômico, fornecem um claro sinal positivo aos demais agentes com quem interagem, trabalhadores, accionistas, consumidores, poderes públicos, ONGs. É uma postura que demonstra um compromisso voluntário para gerar aumento de rentabilidade e aderir a processos que primam pela sustentabilidade e pelo meio ambiente.

O LIDE Santa Catarina, grupo de lideranças empresariais que busca fortalecer a livre iniciativa do desenvolvimento econômico e social, assim como a defesa dos princípios éticos de governança nas esferas pública e privada, está comprometido em fomentar essa discussão e estimular a adoção de práticas que elevam o grau de exigência das normas referentes ao desenvolvimento social, proteção ambiental e respeito aos direitos fundamentais do ser humano.

Um exemplo dessa postura é o Prêmio Líderes 2022, promovido pelo grupo empresarial, que destaca empresas e lideranças inspiradoras que contribuem de modo sustentável e significativo para tornar Santa Catarina referência de liderança nacional.

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Empresas investem em ESG com atenção para os negócios e às pessoas

Saiba o que são os Fundos ESG, investimentos comprometidos com a sustentabilidade

O evento será realizado na noite desta quarta-feira (09/11), na Alameda Casa Rosa, em Florianópolis. O mote central da iniciativa, Líderes impactam. Ecoe a sua voz, reflete pilares do ESG (Environmental, Social e Governance), no sentido de cultivar uma postura empresarial capaz de se transformar devido à transição pela qual estamos passando para um mundo carbono zero. Assim, lançamos um questionamento: Na nova ordem global, sua empresa vai liderar ou será liderada?

O debate sobre o conceito ESG não é de hoje, mas tem se intensificado nos últimos anos. Para se ter uma ideia, em 2001, a Comissão das Comunidades Europeias, elaborou o chamado Livro Verde, apresentado em Bruxelas, na Bélgica. No documento, há uma série de diretrizes sobre a necessidade de conciliar os interesses de diversas partes de um ecossistema empresarial em prol de uma atuação focada no desenvolvimento sustentável. Ainda que o documento se centre fundamentalmente nas responsabilidades das empresas em termos sociais, representou um movimento importante na mudança de paradigma de uma filosofia de crescimento a qualquer custo, amparado na relação risco e retorno tradicional.

Hoje, o lucro está vinculado a uma preocupação verdadeira sobre que tipo de impacto, positivo ou negativo, determinado negócio irá proporcionar ao ecossistema do qual faz parte.

A responsabilidade social das empresas deve ser mais que um conceito. Deve ser uma decisão tomada com consciência para propiciar o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e que não degrade o ambiente. Felizmente, temos excelentes exemplos em nosso estado e país de empresas que reconhecem explicitamente a responsabilidade social que lhes cabe, considerando-a como parte da sua identidade.

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Confrontadas com os desafios de um mundo em mutação, empresas estão olhando para a responsabilidade social como um meio capaz de se converter em valor econômico. Ao mesmo tempo em que almejam a expansão, elas podem cumprir metas sociais e ambientais, inserindo a responsabilidade social no núcleo da sua estratégia empresarial, nos seus instrumentos de gestão e nas suas operações.

*Delton Batista, presidente do LIDE Santa Catarina

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