O Metaverso é a nova aposta das grandes corporações que almejam estar conectadas à tecnologia. A gestora de investimentos Grayscale prevê que a área arrecade cerca de US$ 1 trilhão durante o ano de 2022. A Meta, ex-Facebook, lançou o AI Research SuperCluster (RSC) – um supercomputador – que atuará diretamente no ambiente que está em desenvolvimento.
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“O trabalho feito com o RSC abrirá o caminho para a construção de tecnologias para a próxima grande plataforma de computação – o metaverso, onde aplicativos e produtos orientados por IA desempenharam um papel importante”, diz o comunidade divulgado pela Meta.
Responsável por tirar o rótulo de “empresa de mídia social” da Meta, como disse Zuckerberg em carta aberta, o Metaverso pode render cerca de US$ 800 bilhões em receita global em 2024, com fatias vultosas para setores de jogos digitais, empresas de tecnologias e redes sociais segundo cálculos da Bloomberg Intelligence.
Apesar de soar como novidade, o espaço futurista é do início dos anos noventa. O nome surgiu em 1992 no livro de ficção científica “Snow Crash”, de Neal Stephenson. “Universo gerado informaticamente que o computador desenha sobre os seus óculos”, diz a descrição.
O Metaverso é a criação de experiências imersivas em um mundo digital, buscando ser um novo espaço para o encontro de pessoas. Por exemplo, a Meta pretende ofertar aos avatares salas virtuais para reuniões com óculos de realidade aumentada. A dona do Fortnite, Epic Games, vem trabalhando na realização de shows virtuais e já conquistou 12,3 milhões de jogadores com o show de Travis Scott na plataforma.
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A Microsoft também está atenta às movimentações e prepara reuniões na plataforma Teams com avatares em 3D. A empresa criada por Bill Gates pretende ser a facilitadora na criação de Metaversos empresariais, nomeando a área por Microsoft Mesh.
O futuro da Disney também é o universo virtual. Segundo o CEO, Bob Chapek, a empresa será capaz de “conectar os mundos físico e digital de forma mais próxima, permitindo uma narrativa ilimitada em nosso próprio metaverso da Disney”, destacou. A Disney está criando atrações em 3D para serem vistas nos espaços do parque sem o auxílio do celular.
Criada na virada para a década de 70, a internet transformou a forma como lidamos com o mundo. A versão dos 2.0 chegou nos anos 2000 com a proposta de promover uma maior interação entre as pessoas, surgindo as redes sociais como grande novidade. A próxima etapa é a “internet das coisas”, ou 3.0, onde está inserido o Metaverso.
Igor Santos e Ramon Cardeal para o NSC Lab.