Em um mundo cada vez mais digitalizado, onde a tecnologia atua como aliada na otimização de negócios e processos e se torna presente até em nossas relações pessoais, não é nenhuma surpresa que algumas das maiores empresas do planeta são do meio digital. Responsáveis por grandes transformações, estas empresas revolucionam a forma com que lidamos e enxergamos o mundo, atingindo bilhões de pessoas.

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Diferenciando-se das grandes companhias de commodities (termo que se refere aos bens em estado bruto, como petróleo, soja, ouro, etc.), as empresas digitais possuem uma vantagem ao seu favor: por seu produto não ser físico, sua escalabilidade – potencial de crescimento exponencial – é facilitada, sem a necessidade de aumento na extração de um recurso, de criação de novas fábricas ou lojas e até mesmo da contratação de novos funcionários. Ou seja: com mudanças feitas dentro de um computador, as empresas digitais podem crescer mais e mais.

Veja a seguir quais são as 5 empresas de tecnologia que impactaram o mundo e foram do zero aos 100 bilhões de dólares em questão de poucos anos:

1. Facebook (atualmente Meta Platforms): 7 anos

A companhia que começou em 2003 como uma rede social, foi fundada por Mark Zuckerberg, pelo brasileiro Eduardo Saverin e mais dois colegas – todos, na época, estudantes da Universidade de Harvard. Inicialmente, a rede intitulada “Facemash” tinha como propósito agir tal qual um site de relacionamentos para os alunos do campus. Em 2004, a então “TheFacebook.com” já permitia a postagem de fotos e de informações pessoais mais abrangentes, além do cadastro de alunos de outras universidades, como Yale e Stanford. No final do mesmo ano, TheFacebook já contava com mais de um milhão de usuários ativos.

Em 2005 a empresa passou a se chamar apenas “Facebook”, agregando mais usuários e até mesmo marcas, interessadas nesse novo ramo do meio da comunicação. Após mais alguns anos de desenvolvimento, com a rede social contando com quase 1 bilhão de usuários, em 2012 a companhia realizou sua oferta inicial de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, NASDAQ, com valor de mercado estipulado em 104 bilhões de dólares.

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2. Google (atualmente Alphabet Inc.): 7 anos

Larry Page e Sergey Brin, após se conhecerem no campus da Universidade de Stanford, se uniram com um propósito:  “organizar as informações do mundo e torná-las universalmente acessíveis e úteis”. Trabalhando no próprio dormitório, criaram o mecanismo de pesquisa com o nome de “BackRub”, até que, em 1998, atraindo a atenção de acadêmicos e investidores, fundaram oficialmente o Google Inc.: com investimento de 100 mil dólares de Andy Bechtolsheim. Com o cheque assinado, migraram para o escritório/garagem de Susan Wojcicki (que se tornou funcionária da empresa e é atual CEO do YouTube).

Nos anos seguintes, a empresa mudou-se para sua atual sede, conhecida como “Googleplex”, já contando com equipes de vendas, engenheiros e até um cão, o Yoshka. Em 2004, com crescimento acelerado, realizou sua oferta pública de ações, atingindo valor de 25 bilhões de dólares. Em novembro do ano seguinte, após várias aquisições (incluindo a pequena [na época] startup Android), a companhia atingiu valor de mercado de 100 bilhões de dólares.

3. Airbnb: 12 anos

Tudo começou em 2007, quando os colegas de quarto Joe Gebbia e Brian Chensky se encontraram com dificuldades de pagar o aluguel de seu apartamento em São Francisco, na Califórnia. Sabendo que uma feira de design estava para acontecer na mesma época na região, trabalharam na brilhante ideia de, para conseguir uma renda extra, transformar o pequeno apartamento em uma estadia com café da manhã durante os dias do evento – para isso, compraram três colchões de ar e divulgaram o aluguel em um site piloto: airbedandbreakfest.com – conseguindo assim os primeiros três clientes do novo negócio.

Após inúmeras tentativas de lançamento, aprimoramento da ideia e busca de atenção de investidores, em 2009 a empresa estava de cara nova – já oficialmente intitulada Airbnb e com um investimento de 600 mil dólares da companhia Sequoia Capital. Em 2011, com um modelo de aluguel de quartos simples e otimizado, quatro anos após a compra dos primeiros colchões de ar, a plataforma já funcionava em 89 países e contava com mais de um milhão de diárias registradas.

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No primeiro dia da abertura do capital da companhia na bolsa de valores, em dezembro de 2020, a empresa já contava inacreditáveis 100 bilhões de dólares de valor de mercado, representando uma vitória para as startups e também para os negócios durante o auge da pandemia.

4. Coinbase: 10 anos

A história da maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos começa em 2011, quando dois usuários do Reddit, ambos interessados no futuro do Bitcoin – em uma época em que o ativo era bastante desconhecido até para entusiastas do meio da inovação – embarcaram em uma missão de “tornar as criptomoedas fáceis de usar”.

Brian Amrstrong, o fundador inicial, também foi um engenheiro da Airbnb, e quando Fred Ehrsam se junta ao grupo nasce a Coinbase – permitindo comprar, vender e armazenar bitcoins ainda em 2012.

Em 14 de abril de 2021, cerca de 10 anos após a criação da empresa, a mesma tem sua oferta pública de ações na bolsa de valores – atingindo, no dia de seu lançamento, um valor de mercado de 100 bilhões de dólares.

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5. Microsoft:  20 anos

A história da companhia de tecnologia e software americana começa com dois amigos de infância, Bill Gates e Paul Allen: apaixonados por computação em uma época em que o acesso a tais ferramentas era quase inexistente.

Em 1975, os dois colegas se unem em função de reescrever a linguagem de programação para um computador da época, o “Microcomputador Altair 8800”. Como resultado, criam a linguagem BASIC, que serviu de inspiração para que fundassem sua própria empresa de programas. Um ano após, registram a marca “Microsoft”, uma junção das palavras “microcomputador” e “software”, com Gates presidindo a empresa e Allen ocupando a cadeira de vice-presidente.

Foi apenas em 1985 que a empresa desenvolveu o famoso sistema operacional Windows, trazendo maior atenção a seus negócios e quebrando recordes mundiais em venda de softwares. Sua oferta inicial de ações na bolsa de valores ocorre no ano seguinte, para que dez anos depois, ao final de 1996, seu valor de mercado alcance a casa dos 100 bilhões de dólares – durante o pico da “bolha do ponto.com”, quando ações do setor de tecnologia estavam alcançando máximas históricas repentinas.

O usuário no centro da tecnologia
O usuário no centro da tecnologia (Foto: Reprodução Shutterstock)

Não é difícil perceber que casos como os citados na matéria são raros, e é por esse mesmo motivo que recebem tanto destaque. Por outro lado, histórias como as citadas acima estão aí para provar que tudo é possível, ainda mais no meio da inovação tecnológica e digital. Agora deixamos com você: qual será a empresa com capacidade para se tornar a próxima dessa lista?

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Leo Ferrari para o NSC Lab