Os chamados “vinhos do Velho Mundo” despertam a curiosidade quando sentamos para beber, estudar ou falar sobre esta bebida que acompanha a história da humanidade desde que estamos por aqui. O mapa do vinho no mundo está em constante alteração. Seja pela mudança climática ou pelos países que não eram produtores, e que passaram a produzir em menor ou maior escala.
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Quando falamos em vinhos do velho mundo, também nos referimos aos relatos mais antigos sobre a produção vitivinícola que se tem conhecimento. Então a expressão velho seria o tempo decorrido na história, desses vestígios, sinais e provas materiais de que lá, naqueles países, já se fazia vinho há muito mais tempo do que em outros lugares.
Podemos falar de países com história mais antiga e as nações mais jovens, que estão apenas começando sua história. E estas diferenças no tempo que compõem a construção de sua história se transfere também para a produção de vinhos. Por consequência, este período de experiência, trabalho e aprendizado favorece quem está neste caminho há mais tempo.
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O vinho é um belo e delicioso caminho para se conhecer a história, cultura e costumes de uma região de qualquer parte do mundo. Portanto, quando falamos em vinhos do velho mundo, nos referimos às bebidas elaboradas nos países que compõem esta divisão. Entre os mais prestigiados produtores estão a França, Itália, Espanha, Portugal e Alemanha, Armênia e Turquia. Sendo o berço dos vinhos no planeta; foi lá onde se iniciou a vinificação no mundo.
Muito provável que começou com fermentações espontâneas, não controladas, mas certamente foram nestes países onde as primeiras técnicas de vinificação foram desenvolvidas, aperfeiçoadas e copiadas por todos os outros países. A Europa continua sendo até hoje uma referência incontestável de qualidade no mundo do vinho. É o continente que mantém a tradição no processo produtivo de vinhos, que é passado de geração em geração, envolvendo menos tecnologia e mais, os conhecimentos dos que vieram antes, onde a palavra chave é o terroir, termo de origem francesa, que é o pilar na elaboração dos vinhos do velho mundo.
Se pudéssemos definir em uma única palavra as características mais marcantes dos vinhos do velho mundo, esta seria com certeza equilíbrio. Mas existem outras que também traduzem este equilíbrio como elegância nos aromas e texturas, taninos macios, acidez sempre presente, grande complexidade aromática e gustativa, teor alcoólico na medida certa. Mas, sobretudo, o que os produtores do velho mundo respeitam é a valorização da identidade do local de cultivo; ou seja, o DNA do vinho.
Outra característica dos vinhos do velho mundo (aqui falamos dos produtores de qualidade) é a capacidade de guarda, ou longevidade; são vinhos que podem durar décadas ou até séculos em perfeito estado de conservação.
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No próximo artigo, vou discorrer sobre os vinhos do novo mundo, para fazermos um comparativo das diferenças e semelhanças.
Ate lá! Santé!