É preocupante o baixo índice da cobertura vacinal nas crianças de todo o Brasil e essa queda no número de crianças vacinadas significa um enorme retrocesso na saúde do país. É inegável que a politização da discussão sobre a obrigatoriedade de vacinar crianças contra a Covid-19 contribuiu para acentuar o desinteresse e procura pelas vacinas contra doenças que há décadas fazem parte do calendário nacional de imunização.

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Estamos falando de vacinas amplamente testadas e experimentadas, contra doenças que, graças às campanhas de vacinação foram erradicadas no país, que fazem parte do programa nacional de imunização e que estão no contexto da responsabilidade dos pais e responsáveis. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece a obrigatoriedade da vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, porém, é necessária a autorização dos pais.

Foi graças às vacinas que alcançamos a erradicação de doenças como a poliomielite e a rubéola além da redução de casos de outras doenças como difteria, tétano acidental, coqueluche, hepatite B e meningites. Dados do Ministério da Saúde apontam que a cobertura vacinal vem decrescendo. Em 2021, menos de 59% foram imunizados. Esse índice era de 67% em 2020 e de 73% em 2019. O patamar preconizado é de 95%.

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No caso de Santa Catarina, desde o ano de 2016 o Estado vem registrando queda nas coberturas vacinais, consideradas todas as vacinas de crianças até um ano. Em maio passado li no G1-SC que: “Com alta de internações e baixa cobertura, SC prorroga campanha de vacinação contra a gripe. Conforme o órgão, apenas 41% do público alvo havia se vacinado até aquela data, dia de encerramento da campanha nacional”. Quase 3 milhões de pessoas não vacinadas. Convenhamos, é muita gente!

A não vacinação na idade correta deixa as pessoas vulneráveis às doenças. Portanto, é relevante a atuação e o esforço conjunto de todos os órgãos envolvidos, de modo a sensibilizar pais e responsáveis para que não deixem de levar os filhos para tomar as vacinas. E nesse contexto a educação pode ser de grande valia, uma grande aliada, no sentido de fazer chegar até os lares dos estudantes as informações, alertas e esclarecimentos quanto ao tema, além de atualização, no ambiente escolar, das vacinas dos estudantes que, por uma razão ou outra, deixaram de serem vacinados.

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Recordo-me de uma frase que ouvi de uma atendente, em um posto de saúde, ao ver a carteirinha de saúde de nossos filhos, quando crianças: “Como é bom ver uma carteirinha de vacinação toda preenchida como todas deveriam ser”. Mais que orgulho e a alegria de receber elogio como aquele, é a sensação de ter cumprido com a responsabilidade de pais em relação à vacinação dos filhos.

A baixa cobertura vacinal no Estado e em todo o país é um alerta e o chamamento aos deveres dos pais e responsáveis.

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