Roger Stankewski escreveu: “Há três leis que nunca falham: a do retorno, a da verdade e a do merecimento”. Em tempos de redes sociais, tudo o que for escrito poderá ser usado contra aquele que escreveu. Os atos do dia 8 de janeiro devem servir de exemplo para nunca mais serem repetidos.
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Segundo a lei 13.260/2016, terrorismo são atos praticados por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião. A então presidente vetou o artigo que incluía como atos terroristas as ações de incendiar, depredar, saquear, destruir ou explodir, meios de transporte, ou qualquer bem público ou privado. Então, aqueles que participaram daquela invasão não são terroristas. Pode incorrer em calúnia quem atribuir crime de terrorismo a quem não o cometeu, segundo a nossa legislação.
Em maio de 2017 também houve uma invasão em Brasília. Reportagem da revista “Veja” relatou que houve um grande protesto na capital federal, com confronto e depredações, três ministérios incendiados e outros depredados, em manifestação da esquerda, contra o então presidente Temer. O Exército foi acionado para garantir a lei e a ordem.
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O agora líder do governo na Câmara Federal tuitou: “Temer convoca forças armadas para reprimir os manifestantes em Brasília. Agridiu (sic) os parlamentares e o povo que pede diretas já” (Sim, ele escreveu “agridiu”, não agrediu). Sobre a invasão de agora, o mesmo escreveu: “Todos os criminosos já estão sendo identificados, serão devidamente punidos com o rigor da lei. Ninguém ficará impune. A democracia vencerá sempre!”.
Em 2017 Boulos escreveu: “Grande demonstração de força popular hoje em Brasília. Governo reage com repressão e convocação do Exército. É o roteiro da gueda de Temer”. Já na invasão de agora, o mesmo escreve: “Lula acerta ao decretar a intervenção na segurança do Distrito Federal. Agora é responsabilizar e punir os golpistas. Até o fim e sem anistia!”.
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O atual ministro da Justiça saiu com: “Hoje em Brasília a voz do povo se fez ouvir. Ator político essencial e às vezes ignorado por analistas. Que tudo corra em paz”. E agora: “Em cumprimento à decisão do Exmo Presidente da República, o secretário já se deslocou para assumir a intervenção. E seguimos com as operações cabíveis visando ao restabelecimento da ordem pública”.
A presidente do PT, em 2017, tuitou: “Michel Temer acaba de baixar decreto convocando as Forças Armadas para ‘garantir’ a ordem. Ou seja, mais repressão aos movimentos sociais”. Agora, da mesma pessoa lemos: “Passou da hora das Forças Armadas mostrarem que estão ao lado do Brasil e não de um movimento político partidário de interesses escusos e golpistas. O passo principal agora é dissolverem esses acampamentos em frente aos seus quartéis!”.
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O mundo gira, e às vezes de forma bem rápida. Está tudo devidamente registrado nas redes sociais. Nada como um dia após o outro.