Uma das premissas que procuro aplicar rotineiramente é a teoria das janelas quebradas (https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_janelas_quebradas) e acredito que, se a tivéssemos como regra de conduta, de modo geral, todos ganharíamos.
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Em resumo, essa teoria nos ensina que os problemas devem ser resolvidos logo no início, quando ainda são pequenos e fáceis de serem contornados, do contrário, existe a possibilidade de eles se tornarem grandes, o que exigirá mais esforço, mais empenho, mais tempo, mais dedicação das equipes e, via de regra, mais investimentos.
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Podemos exemplificar que, se o vidro de uma janela de uma edificação estiver quebrado e não for logo substituído, é possível (e provável) que outros vidros dessa e também de outras janelas do imóvel venham a ser quebrados. E isso aplica-se não apenas às edificações, mas também ao passeio que usamos, ao nosso veículo, no nosso cotidiano e por aí vai.
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Aplicando-a na educação, essa teoria aponta na mesma direção, de que os problemas sejam resolvidos logo que iniciam, evitando que evoluam para situações complexas.
Outro exemplo simples é o de uma goteira que aparece em uma sala de aula; se não for logo verificado, que pode significar a simples troca de uma, ou de algumas poucas telhas, o problema poderá evoluir, afetando a estrutura de sustentação do telhado e do forro, podendo acarretar em dano na instalação elétrica, o que exigirá mais investimentos e poderá, inclusive, interferir na qualidade das aulas, ou até mesmo no impedimento do uso daquele espaço enquanto os reparos estiverem sendo realizados.
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O chamamento que fizemos aos profissionais da rede para que os problemas fossem resolvidos quando ainda eram pequenos foi assimilado rapidamente e os resultados, além de evidenciarem a preocupação com as escolas, alcançou todas as unidades educacionais no Estado.
Para que uma premissa como essa se torne realidade, é preciso que sejam oferecidas condições para que os responsáveis atuem na solução rápida dos problemas. Sem oferecer as condições necessárias, inclusive recursos financeiros, não há como esperar resultados satisfatórios.
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A materialização da teoria em epígrafe mostrou-se um princípio eficiente da gestão. Para além dos ganhos diretos na agilidade da solução dos pequenos reparos, essa teoria adaptada estendeu-se para todas as demais atividades, no sentido de ação logo que surgissem as necessidades. Na prática, uma diferença considerável, respostas mais rápidas e menos transtornos.
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Embora tenha sido criada para fins de redução da criminalidade, entendo ser uma boa premissa pessoal e de gestão para todos as lideranças responsáveis pela educação em nosso estado e em nosso país. Vivenciando a aplicação dessa teoria nas escolas os estudantes levarão como lição para suas vidas e suas carreiras.
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