São notórios os estragos causados pelos fenômenos naturais em nosso Estado. Volta e meia somos duramente castigados pelas condições climáticas adversas que vão desde enxurradas com destruição e prejuízos, a longos períodos de estiagem, cujos danos e perdas também são grandes e irreparáveis.
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Uma canção de Roberto Carlos nos lembra que “contra a força de Deus não existe defesa” e quando a mãe natureza resolve mostrar sua fúria, resta-nos aguardar que as condições melhorem para realizarmos as ações decorrentes. Nessas horas vemos como somos insignificantes diante das cenas que assistimos, com a força dos ventos e das águas, quando temos períodos de elevada precipitação, como ocorreu recentemente em algumas regiões do Estado, por exemplo. No outro extremo, temos acompanhado o desafio de algumas regiões com o longo período sem chuvas, o que me leva à reflexão de hoje.
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Visto que temos acompanhado a repetição desses fenômenos climáticos extremos, entendo ser o momento para que seja tomada a decisão de implementação de uma política estadual para prevenção dessas ações da natureza. Sua força nós não temos como controlar, mas agir preventivamente, isso podemos. Refiro-me à construção de barragens para contenção das cheias e de reservatórios para acúmulo de água para períodos de estiagem.
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No estado do Ceará, onde não chove como aqui, foram construídos grandes açudes para armazenamento de água, interligados com um sistema de inteligência que permite transferir a água de onde há maior volume, para outros onde o volume chega a níveis preocupantes, garantindo assim o abastecimento de água para a população, mesmo com o longo período sem chuvas.
Já por aqui não temos um sistema semelhante, de modo que a água seria armazenada em grandes reservatórios quando chove torrencialmente, com as barragens protegendo as regiões mais baixas.
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Em Criciúma a promessa de construção da barragem para garantir o abastecimento de água foi repetida em várias eleições, tanto ao governo do Estado, quanto para o município. Muitos políticos foram eleitos com a expectativa de que a promessa fosse cumprida e nada.
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O desenvolvimento de uma ação estadual organizada é fundamental para a garantia de abastecimento de água e prevenção de enchentes. A realização das muitas ações decorrentes leva tempo, é trabalho de Estado, não de um governo apenas, a urgência está na tomada da decisão de executá-la.
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