Nenhuma surpresa no relatório apresentado pela presidente da CPMI, sobre as invasões que ocorreram em Brasília, em 8 de janeiro deste ano. A senadora, fiel escudeira do ministro da Justiça, já anunciara o resultado dos trabalhos logo no início, e poderia fechá-los com a sentença “missão dada, missão cumprida”.

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Depois de empenhar-se na luta pela não instalação da comissão, após o vazamento de imagens comprometedoras, o governo passou a lutar pelo domínio dos trabalhos, de modo a não perder o controle da narrativa a ser levada a cabo. O propósito, como tem sido recorrente no atual (des)governo, era culpar Jair Bolsonaro por aquelas invasões.

O que a atual equipe de governo mais sabe fazer, aliás, é culpar o ex-presidente por tudo que acontece no país, como continua fazendo a ministra (cometa) do Meio Ambiente, atribuindo ao ex-presidente o aumento continuado nas queimadas na Amazônia. É muita cara de pau.

Foram horas e mais horas de exposição durante as discussões que resultaram num relatório de mais de 1,3 mil páginas (será que alguém vai ler?) que, muito provavelmente, não servirá para nada de concreto. Imaginemos o trabalho árduo de pessoas, pagas com dinheiro público, para produzir um documento tão extenso, incriminando pessoas que nem sequer foram ouvidas pela comissão. Já para os amigos protegidos, e cuja missão fora blindá-los, o empenho foi concentrado na negativa aos requerimentos de convocações para deporem.

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Para quem escreveu o relatório, as invasões foram um ataque à democracia. Porém, as mesmas invasões promovidas pelos movimentos de esquerda até então, não tiveram a mesma designação. O que consta em partes do texto apresentado faz lembrar Lenin: “Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é”. A missão foi não investigar definitivamente nada e acusar Bolsonaro de absolutamente tudo; uma grande vergonha nacional.

Para o senador Espiridião Amin, a relatora “desenha um golpe de estado que não aconteceu… O governo fez um esforço meticuloso, detalhado, para impedir que se investigassem as omissões…nós temos um conjunto avassalador de fatos indiscutíveis que houve essa omissão”. Amin destacou a fala do presidente da República, em duas entrevistas: “Alguém abriu a porta por dentro”, reafirmando a clara omissão daqueles que deveriam ter atuado para conter as invasões.

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O extenso texto do relatório, não indiciou G. Dias que estava no Palácio do Planalto, não aprovou a convocação do ministro da Justiça para explicar a razão de não ter enviado os vídeos, ou de tê-los apagado, também não convocou a força nacional que estava pronta para agir e impedir as invasões e não ouviu nenhum dos vândalos que depredaram o patrimônio público.

No relatório que acusa Jair Bolsonaro pelas invasões não consta nenhuma prova dessa acusação. Passou da hora de mudar essa narrativa.

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