Os sinais emitidos pelo atual governo em termos de economia, são preocupantes. Os atuais tomadores de decisões não parecem estar preocupados com o Brasil, leitura que agrava-se quando lê-se a notícia sobre solicitar autorização para uma obra de reforma sem licitação. São eleitos para representar os eleitores e, uma vez eleitos, agem de forma contrária aos interesses daqueles que neles votaram com a expectativa de se verem representados.

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Margaret Thatcher, que foi primeira-ministra do governo britânico, cravou palavras épicas em um discurso no parlamento daquele país. Compartilho parte de sua fala:

“Um dos grandes debates do nosso tempo é sobre quanto do seu dinheiro deve ser gasto pelo Estado e com quanto você deve ficar para gastar com sua família. Não nos esqueçamos nunca desta verdade fundamental: o Estado não tem outra fonte de recursos além do dinheiro que as pessoas ganham por si próprias; se o Estado deseja gastar mais ele só pode fazê-lo tomando emprestado sua poupança ou cobrando mais tributos. E não adianta pensar que alguém irá pagar; esse alguém é você. Não existe essa coisa de dinheiro público; existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos.

Santa Catarina está em 3º no ranking da transparência

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A prosperidade não virá por inventarmos mais e mais programas generosos de gastos públicos. Você não enriquece por pedir outro talão de cheques ao banco e nenhuma nação jamais se tornou próspera por tributar seus cidadãos além de sua capacidade de pagar. Nós temos o dever de garantir que cada centavo que arrecadamos com a tributação seja gasto bem e sabiamente…Como seria popular dizer: ‘Gaste mais nisso; gaste mais naquilo’; é claro que todos nós temos causas favoritas.

Mas alguém tem que fazer as contas. Toda empresa tem de fazê-lo, toda dona de casa tem que fazê-lo, todo governo deve fazê-lo”.

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Diferentemente daqueles que defendem um Estado grande, paquidérmico e que interfere o máximo na vida das pessoas e dos empresários, como o que me parece termos em curso, numa espécie de volta ao passado, defendo um Estado pequeno, interferindo o mínimo possível na vida dos cidadãos e, principalmente, daqueles que geram emprego e renda, os empresários.

O governo deve cuidar bem da infraestrutura, da segurança pública, da saúde, promover uma educação de qualidade, além de manter o ambiente favorável aos negócios, com a menor insegurança jurídica possível. Com o cenário adequado cria-se boas condições para geração de emprego e renda, de modo que as pessoas vivam com dignidade e pleno direito à cidadania.

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Todos os programas e iniciativas de governo devem ter como premissa principal a transparência nos investimentos, uma vez que ali está sendo usado recurso público e, portanto, não deve haver nada a esconder daqueles que pagam os impostos. E aqueles que são eleitos devem primar por representarem a voz e corresponderem às expectativas daqueles que os elegeram.

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