A realização de atividades educacionais de forma não presencial durante a pandemia foi bem melhor que não ter sido feito nada. No entanto, uma parcela dos estudantes não conseguiu acompanhar e assimilar minimamente os conceitos trabalhados. Mais agravante são aquelas crianças que estavam em anos iniciais de alfabetização. O abandono escolar é outra grande preocupação, cujo índice alarmante estimado de aumento mais que triplicou. O fechamento das escolas, portanto, resultou em impactos negativos, que podem afetar toda uma geração de estudantes.
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A retomada das atividades presenciais nas escolas, evidenciou que a forma de ensinar e aprender no período pandêmico resultou em diferentes níveis de aprendizagens e potencializou o desnivelamento entre os estudantes. Considerando que as ações de recuperação e de reforço escolar são correntes e fazem parte da rotina educacional, parece-me oportuno falarmos sobre a recomposição da aprendizagem.
Uma vez de volta às atividades presenciais, os alunos precisam ser apoiados e incentivados à aprendizagem, buscando-se outras práticas e recursos pedagógicos alternativos, que possam auxiliar neste propósito. De nada adianta os professores se empenharem para que os estudantes recuperem o que está sendo trabalhado no momento, uma vez que faltam as bases de conhecimento, do período em que foram trabalhadas de forma remota.
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Recompor a aprendizagem significa trabalhar todos aqueles conceitos que, por uma série de razões, os alunos possam ter deixado ao longo do caminho. É preciso reaver as lacunas apresentadas por eles e, para isso, um bom diagnóstico da aprendizagem, realizado de forma individualizada, é base importante para o planejamento da atividade, que deve correr de forma concomitante à educação regular, no contraturno escolar.
Quanto maior for a atenção e apoio aos alunos, maior tende a ser a motivação deles para aprender e permanecerem na escola, mantendo o interesse nos estudos. Parafraseando Einstein, o professor não vai conseguir resultados diferentes se, nas atividades de recuperação, usar os mesmos métodos e a mesma forma para instrumentalizar no aluno os conceitos, conteúdos e contexto trabalhados.
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Falamos, portanto, de uma ação necessária e urgente, em resposta às perdas de conceitos e base de conhecimentos decorrentes da pandemia, já que, com as escolas fechadas, nem todos os alunos conseguiram assimilar o mínimo necessário de tudo o que foi trabalhado. Sobre a melhor estratégia de ensino, é preciso experimentar e fazer rodar o velho e bom PDCA, de modo a encontrar a mais adequada, e esta escolha recairá naquela com a qual se alcance os melhores resultados.
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Aos que trabalham por e para uma educação de qualidade, a recomposição da aprendizagem deve estar entre as prioridades. A educação brasileira e toda uma geração de alunos atualmente em idade escolar agradecem, muito.
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