No período em que estive à frente da Secretaria de Estado da Educação, tivemos várias audiências e compromissos em Brasília, em ministérios e órgãos nacionais. Em todas as agendas o objetivo das reuniões e compromissos precisavam ser acordados antecipadamente, com trocas de e-mail, confirmações e checagem de toda ordem. Na chegada sempre houve controle de acesso, apresentação de documentos pessoais e etc.
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Pois agora, no Ministério da Justiça, acompanhamos o episódio da entrada de uma pessoa condenada em duas instâncias, ligada ao tráfico de drogas no Amazonas. E vem a alegação de que não se sabia a identidade das pessoas que estavam no grupo. Contem outra, porque esta não cola. Faz parecer que as invasões do dia 8 de janeiro não foram suficientes para que o controle de acesso a todos os ministérios fossem revistos e atualizados, uma vez que, o ministério anfitrião do caso atual anuncia agora medidas de controle para gerenciar as pessoas que solicitarão acesso ao mesmo.
Ora, isso é debochar da inteligência dos brasileiros, imaginar que esse controle não existisse. Sempre existiu e é mais que necessário. Então, é uma explicação que não justifica. Para piorar ainda mais o fato, as passagens aéreas foram pagas por outro ministério do atual governo, usando recursos dos pagadores de impostos.
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O que aconteceu é grave e requer medidas duras e na mesma proporção. Mas o que vemos é um lamentável passar de pano, inclusive do presidente, em defesa do ministro. Basta imaginar qual seria a reação se isso tivesse acontecido no governo anterior.
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