Neste período celebramos duas datas importantes, a Proclamação da República e o dia da Bandeira, em 15 e 19 de novembro, respectivamente. No início de meus estudos, o primário da época, (hoje anos iniciais) e o então ginásio (hoje anos finais), lá na década de 1970 e, na escola, nos foram ensinados os fundamentos da cidadania, do respeito aos símbolos nacionais e do amor à pátria, trabalhados de maneira tal, que permanecem firmes até os dias atuais.

Continua depois da publicidade

Siga as notícias do NSC Total pelo Google Notícias

Deixamos de ser “Estados Unidos do Brasil” e passamos a “República Federativa do Brasil”, nome oficial do país (Constituição de 1967) e mantido na sua sucessora (a de 1988). Somos, portanto, um estado que é ao mesmo tempo uma república e uma federação. Temos um presidente, e somos divididos em Estados e regiões.

O artigo 1º da nossa carta magna define que “a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito”. Foi na linha exaltada por Olavo Bilac, no poema “A Pátria”: “Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste. Criança, não verás país nenhum como este!”, que nossos mestres de então nos passaram os conceitos, sem doutrinação, que nós, alunos de então, levamos para nossas vidas e carreiras, pelo menos, que vejo como fator positivo.

O país precisa de ações concretas, não de narrativas e palavras ao vento

Continua depois da publicidade

E cantávamos animados o hino em homenagem ao pavilhão nacional, bradando o “Salve lindo pendão da esperança, salve símbolo augusto da paz…. querido símbolo da terra, da amada terra do Brasil”. É triste chegar ao tempo em que alguém seja acusado de sequestrar para si a bandeira do país. Ora, este símbolo deveria ser honrado e valorizado por todos os governos, independentemente de qual lado.

Então, ao invés de questionar ou invejar, seria de copiar, imitar o amor à bandeira, ou fazer ainda melhor, incentivando o povo para o fortalecimento do civismo. Nossa bandeira tem quatro cores, destacadas na música “Voa canarinho”: “Verde, amarelo, azul e branco, formam o pavilhão do meu país”, cada uma com seu significado específico. Numa clara afronta às leis, vemos alterações nas cores da bandeira, trocando o verde pelo vermelho, atitude repugnante e condenável.

É preciso falar sobre a formação técnica e profissional dos estudantes

Partidos políticos, clubes de futebol, entidades podem ter bandeiras com as cores que quiserem, mas alterar as cores da bandeira nacional é crime. A Lei nº 5.700/71 é clara: “Considera contravenção penal a sua apresentação em mau estado de conservação, mudar-lhe a forma, as cores, as proporções, o dístico ou acrescentar-lhe outras inscrições”.

Educação consta no título desta coluna por considerar que o amor à pátria e o respeito aos símbolos nacional e aquela estão intimamente relacionadas. Todos aqueles que tiveram uma educação de qualidade, deveriam ter assimilado bem estes conceitos.

Continua depois da publicidade

Leia outras colunas de Natalino Uggioni

Para reflexão: quantos estudantes de hoje saberiam cantar, com orgulho, o hino à bandeira, cuja “nobre e presença à lembrança, a grandeza da Pátria nos traz”?

Leia também

Por uma alfabetização de qualidade

Prevenir é melhor que remediar

Os desafios e as preocupações da Inteligência Artificial na educação