A postura e posicionamentos do presidente da República neste primeiro ano de mandato estão para lá de questionáveis. Para além dos pontos já indicados em textos anteriores, onde discorri sobre as viagens dele, cabem outros apontamentos, que comprometem a imagem de nosso país.

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Em dois meses de governo, já fora criada uma situação de tensão com o maior parceiro comercial brasileiro, ao permitir o atracamento de dois navios de guerra iranianos, uma fragata e um porta helicópteros, no Rio de Janeiro, contrariando as posições do Tio Sam, cujos argumentos foram de que se tratava de embarcações que facilitaram o terrorismo e que tiveram sansões da ONU. Diametralmente oposta à dos americanos foi também a posição do Brasil com relação a Cuba, Nicarágua e Venezuela.

No quarto mês de governo, sugeriu que a Ucrânia cedesse a região da Criméia para a Rússia, para pôr fim ao conflito. Aos cinco meses de governo, recebeu o ditador da Venezuela, numa tentativa frustrada de limpar a imagem, quando falou democracia relativa e em direitos humanos. Defendeu uma governança global para cuidar da Amazônia, gerando descontentamento até nos nacionalistas brasileiros.

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Propôs a criação de uma ordem suprapartidária para cuidar do clima e para que os acordos e tratados internacionais se imponham às decisões dos congressos dos países. A hesitação estarrecedora ao não se posicionar contrariamente aos ataques do Hamas a Israel, repetiu-se com relação à ameaça de invasão da Guiana pela Venezuela.

Seguindo o ditado de que “a esperança é a última que morre”, resta-nos torcer para que esses posicionamentos mudem nos próximos anos, embora os sinais não sejam positivos naquela direção.

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