Difícil acreditar que um presidente possa fazer uma boa gestão de governo com 37 ministérios. Se cada um dos ministros falar por 10 minutos, tempo relâmpago para apresentar o que gira em torno da pasta, já seriam mais de seis horas de encontro, sem contar o tempo de fala do próprio presidente e possíveis discussões a partir de algum tema. Inimaginável para os melhores e mais eficazes gestores globais.

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Em uma reunião ministerial o presidente pede para que os ministros se preocupem menos em apresentar novas ideias, e mais na realização das propostas e projetos já apresentados. A primeira pergunta seria: quais propostas? Ou então a quais projetos ele se referia? No intuito de conter a crise, vem também a cobrança pela liberação de cargos e emendas parlamentares. É a festa da democracia, na sua pior forma.

Até aqui, muito pouco foi apresentado à nação, em termos de grandes projetos de transformação nacional, além de anúncios estapafúrdios de um ou outro ministério, no afã de chamar as atenções para os ministros, isoladamente, motivo pela qual já foram advertidos publicamente pelo chefe maior. Nesse contexto temos ainda o protagonismo negativo, de mau exemplo e postura de alguns ministros, que comportam-se como se a estrutura do Estado está para servir a seus interesses, não o contrário, e que, para não perder votos do partido, continuam mantidos no cargo e trazendo desgaste ao governo.

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Está no Senado a análise do orçamento fiscal, com previsão nada otimista de grandes especialistas nacionais em finanças, o que acende o sinal de alerta aos brasileiros, que é risco de o governo ter aprovada a licença para gastar, trazendo no horizonte a volta da inflação. JR Guzzo tuitou: “O governo insiste em ‘aumentar o consumo’ dando reduções artificiais de preço, quando a única maneira eficaz de levar um cidadão a comprar mais é aumentar a sua renda – algo que só é possível com crescimento econômico”.

E crescimento econômico deriva de programas e grandes ações nacionais que possibilitem as melhores condições e do ambiente favorável às negociações e à geração de emprego e renda. O governo deve interferir o mínimo possível nos negócios, deixando a iniciativa privada fazer a sua parte, cujos ganhos e retorno voltarão ao governo.

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Os ataques continuados ao Banco Central, com críticas à elevada taxa de juros, aponta o descaso com a possível volta da inflação, que atingirá de forma mais dura a população de baixa renda. Da ministra que continua culpando o governo anterior pelas queimadas na Amazônia, não se vê nenhuma iniciativa para coibir o avanço do desmatamento, que tem aumentado a cada nova medição.

O ministro do Trabalho nomeia a si mesmo como conselheiro fiscal do Sesc e o outro colega, ministro das Comunicações no Conselho Fiscal do Senac, engordando os vencimentos mensais. Aff! O país precisa de bons projetos, propostas e ações concretas, não de narrativas e palavras ao vento.

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