A fala do presidente da Argentina, Javier Milei, em Davos, solenemente ignorada pela maioria dos jornais do Brasil, lavou-me a alma. Em discurso, Milei proferiu uma verdadeira aula sobre as mudanças mundiais, usando o próprio país como exemplo, falando para os multimilionários globais, com princípios a favor do Estado e do coletivismo e em defesa de uma governança global.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
Nas palavras de Milei, “o ocidente está em perigo, porquê aqueles que deveriam defender os valores do ocidente estão cooptados por uma visão de mundo que conduz inexoravelmente ao socialismo e, consequentemente, à pobreza”. E em uma lição clara sobre economia, comparou os modelos de Estado liberal, defendido por ele, e o modelo coletivista.
A Argentina protagonizou e experimentou esses dois modelos, “quando adotamos o modelo de liberdade (1860)… nos tornamos a principal potência mundial. Quando abraçamos o coletivismo, nos últimos 100 anos, vimos como nossos cidadãos começaram a ser sistematicamente empobrecidos, até caírem para o 140º lugar no mundo”. Dirigindo-se aos empresários foi taxativo ao alertar-lhes para que “não deixem que nada seja controlado, nem mesmo pela casta política e pelos parasitas que vivem do Estado. Não se rendam a uma classe política que só quer permanecer no poder e manter os seus privilégios”.
Leia outras colunas de Natalino Uggioni
Continua depois da publicidade
Pareceu-me que estava se referindo ao cenário brasileiro, onde atualmente impera a ideologia do Estado grande, que seria a solução para nosso desenvolvimento. Pelo contrário. Quanto menor for o Estado, maior será a nação. A nação é quem sustenta o Estado. Estado grande e populismo precisam de mais impostos, que empobrecem a população. Só não enxerga, quem não quer mesmo ver.
Leia também
Microchip cerebral para tratamento de TOC é implantado pela primeira vez em SC
Sob denúncias de assédio, Universidade da PRF em SC vira saia-justa para o governo
Ranking dos maiores supermercados de SC tem “dança das cadeiras” em 10 anos